Manuel Teixeira, presidente da Associação de Concessionários de Praia do Concelho da Figueira da Foz, não se lembra de um verão como este.
A melhoria do estado do tempo está a refletir-se nos apoios de praia?
Hoje (quarta-feira), é o primeiro dia de calor. Todos os outros dias têm sido atípicos. Da parte da manhã, o tempo tem estado mais calmo, mas à tarde estraga o negócio a toda a gente. As pessoas não ficam nos apoios de praia, sobretudo a sul da vala de Buarcos.
Portanto, este verão está a ser atipicamente fraco para o negócio?
Sim. O mau tempo veio acentuar a crise. Tenho um negócio paralelo, que é o aluguer de chapéus de praia, e os clientes a ligarem-me todos os dias a desistirem das reservas ou a diminuir os dias de aluguer.
Qual é dimensão da crise, em termos de faturação?
Ontem faturei 120 euros. Em 2010, nesta altura, faturava à volta de 400, 500 euros. Temos concessionários que não conseguem faturar e já houve um abandono.
O crescimento do areal urbano, acelerado pelo prolongamento do molhe norte, prejudica a atividade?
Esse é um problema gravíssimo. Este ano, alguns banhistas disseram-me que não voltam à Figueira da Foz por causa disso. Esta é a segunda época balnear que tenho verificado o crescimento do areal: há mais 90 metros de areia.
Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra no programa “Clube Privado” da Foz do Mondego Rádio (99.1FM), às 19H00 de hoje e de amanhã e às 22H00 de domingo.