Tribunal de Santa Comba Dão quer saber mais sobre mulher acusada de ocultar cadáver de bebé

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O Tribunal de Santa Comba Dão decidiu pedir relatórios sobre a personalidade e as condições sociais da mulher acusada de ter ocultado o cadáver de um bebé, encontrado desmembrado numa vinha de Pinheiro de Ázere.

Para esta quinta-feira (16) à tarde estava marcada a leitura da sentença de Carolina Henriques, de 27 anos, depois de uma única sessão de julgamento, realizada no passado dia 1. No entanto, a juíza disse ser importante “aquilatar da sua personalidade e da sua história de vida”.

A juíza marcou nova sessão para o dia 29, durante a qual será ouvido o pai de Carolina Henriques, e espera ter então na posse do tribunal “pelo menos o relatório social”.

Um caso difícil

Em finais de abril do ano passado foi encontrado numa vinha, junto a um cão, próximo da casa da arguida, parte de um feto (apenas a cabeça, o tronco e um dos membros superiores) com 37 semanas. O Ministério Público tinha pedido a condenação da mulher a uma pena de multa, tendo o procurador admitido tratar-se de um caso difícil.

O procurador explicou que, como na fase de inquérito se apuraram poucos factos, não foi possível acusar a mulher nem do crime de aborto, nem do crime de infanticídio, por não se saber se na altura da expulsão do feto havia ou não vida.

Mesmo no que respeita ao crime de ocultação de cadáver, o responsável disse ser possível que o tribunal “encontre dificuldades” para condenar Carolina Henriques, pelas dúvidas em se poder considerar aquele feto “uma pessoa falecida”. Na sessão do dia 1, tinham sido ouvidos o antigo e o atual companheiros da mulher, que asseguraram não se terem apercebido de que tivesse estado grávida.

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