Portas serena ânimos e pede maioria CDS mais PSD

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Foto Carlos Jorge Monteiro

CDS e PSD “terão que gerar uma maioria”, defendeu Paulo Portas em Coimbra, aliviando, assim, a tensão dos últimos dias entre os dois partidos à direita.

Desde que José Gama foi presidente da Distrital, no tempo da Aliança Democrática (início da década de 1980), que o CDS não tinha tanta gente numa ação pública, em Coimbra. Domingo à noite, no pavilhão do U. Coimbra, cerca de sete centenas de pessoas esperaram hora e meia pela chegada de Paulo Portas… e pelo início do jantar. A espera compensou, com a alegria contagiante do líder do partido, cada vez mais próximo de conseguir atingir a marca histórica dos 15 por cento, apenas atingida por , nos primórdios do partido.

À entrada do pavilhão, Portas foi recebido pelo cabeça de lista por Coimbra, Serpa Oliva, e por um grupo de estudantes de traje académico, que fizeram questão de estender as suas capas à passagem do líder. Lá dentro, perante a enchente e o entusiasmo reinante, Paulo Portas acabou por surpreender, ao promover uma mudança da tom, face ao que tem sido o seu discurso dos últimos dias – durante o dia, por exemplo, chegou a dizer que, nas questões sociais, o CDS ultrapassa o PSD pela esquerda. E, no final do jantar, defendeu que não vale a pena “radicalizar mais o discurso político”, argumentando que CDS e PSD “terão que gerar uma maioria” e aprovar com o PS uma revisão constitucional e leis de valor reforçado.

“O CDS e o PSD terão de gerar uma maioria nova e diferente e ela só será mesmo nova e diferente com o CDS com muita força. E não se esqueçam, mais à frente, que CDS, PSD e PS terão uma revisão constitucional para fazer, terão leis de valor reforçado para votar, não vale a pena crispar de mais o discurso politico, não vale a pena radicalizar de mais o discurso político”, afirmou Paulo Portas.

Num jantar em Coimbra, no pavilhão do União, o presidente democrata-cristão defendeu que “as pessoas não querem nem merecem insultos entre políticos, as pessoas querem e merecem sentido de responsabilidade na política portuguesa”.

“Os portugueses sabem que não têm nada a ganhar com uma campanha onde os insultos substituam os argumentos, os ataques pessoais substituam as ideias, e o radicalismo substitua a cultura de compromisso que um país neste estado e esta situação reclama”, afirmou.

Portas disse ficar “preocupado com a agressividade do PS contra o PSD, porque parece que José Sócrates não tem explicações a dar” mas também “com a agressividade do PSD contra o CDS, porque parece que não percebem que o CDS tem um contributo decisivo a dar para o futuro e um futuro diferente”.

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