Figueira da Foz recebe seminário nacional de associações juvenis

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Foto de Jot´ Alves

 

O presidente da Federação Nacional das Associações Juvenis (FNAJ) defendeu hoje (22) na Figueira da Foz uma maior representação dos jovens nos centros de decisão, nomeadamente a nível europeu.

Intervindo na sessão de encerramento do seminário “Juventude em Ação- Rumo a 2020”, perante cerca de 200 dirigentes associativos de todo o país, no Centro de Artes e Espetáculos,  Júlio Oliveira assumiu que os jovens “querem ter mais protagonismo”, avança a Lusa.

“Queremos que estejam cada vez mais no centro das decisões”, afirmou, almejando que o “exemplo português” dê frutos e se “expanda” a nível europeu “na defesa das políticas para os problemas que afetam a juventude”. No final, em declarações aos jornalistas, admitiu que o desejo da FNAJ não é um processo simples.

“É um processo de luta permanente. Dar mais voz e mais poder a quem não tem gera, inevitavelmente, conflito”, disse, apelando à classe política a que “passe das palavras aos atos” e não se fique pelos discursos.

“É cada vez mais plasmado no discurso dos políticos que a juventude tem de ter mais voz, que só faz sentido uma política pública de juventude em que os jovens são também decisores. É preciso não estar só agarrado aos chavões e por em prática esses mecanismos”, defendeu.

Referiu ainda que o encontro que decorreu ao longo de três dias na Figueira da Foz “foi muito participado” e um “exemplo vivo” da contribuição dos mais jovens para os problemas que afetam a sociedade portuguesa.

Júlio Oliveira disse que atualmente “existem cada vez mais dispositivos de participação [dos jovens] e cada vez mais diversificados também”.

O dirigente da FNAJ, entidade que representa cerca de 1.500 associações juvenis a nível nacional, recusou ainda que a participação dos jovens na vida pública venha a decair, ao contrário daquilo que, tradicionalmente, se acusa, disse.

“Isso não é verdade. A realidade mostra que os jovens estão cada vez mais participativos e interventivos”, garantiu.

Criticou ainda a ausência da sessão de hoje do secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, cuja presença estava “confirmada”, garantiu.

“Os assuntos que aqui debatemos são demasiado importantes para estarem sujeitos a ciclos políticos ou atividades de campanha, não podem andar ao sabor de campanhas eleitorais”, frisou, no decorrer da sessão.

No final da sessão, o presidente da FNAJ esclareceu que existia da parte dos participantes “a expetativa” de ser transmitido “pessoalmente” ao governante “alguns dos problemas, questões e aspirações” que os dirigentes associativos discutiram.

“Certamente que não ficaram contentes com a falta, ficaram mais descontentes por ter anunciado que vinha e depois não ter aparecido”, adiantou.

Fonte da secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, contactada pela Lusa, revelou que um “imprevisto” de ordem pessoal motivou a ausência de Laurentino Dias e que a organização foi avisada “atempadamente”.

No entanto, acrescentou, a secretaria de Estado “esteve representada na sessão”, aludindo à presença de Pedro Vaz, adjunto de Laurentino Dias.

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