Em nome do futuro

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Editorial: Eduarda Macário

O protesto dos jovens chega a Coimbra. Depois das manifestação da geração à rasca, seguem-se os acampamentos como forma de exigirem nova política, nova economia e outra sociedade. São jovens estudantes e muitos, alguns menos jovens, desempregados. São portugueses, espanhóis, brasileiros, mexicanos e italianos que ainda acreditam no futuro dos seus países e sabem que a luta pelos direitos humanos não tem nacionalidades, nem credos.

Em Coimbra, escolheram a praça 8 de Maio, paredes meias com os fundadores de Portugal e com o poder local. Unidos por uma luta – sem guerras – por um mundo mais justo e solidário, estes jovens “pedem desculpa pelo incómodo” e “aceitam tudo – ideias, água e fruta -, menos dinheiro, corrupção e injustiça”. A situação começa a incomodar. Afinal, quem passa, mesmo que vire a cara, não pode ficar indiferente. Jovens estudantes sem futuro à vista, jovens desempregados e sem condições para dar forma aos sonhos. E as previsões não são nada boas, a avaliar pelas análises dos homens da economia e das finanças nacionais e da “Troika”.

Em Espanha, as razões não diferem muito. Mas as movimentações dos políticos poderão ditar os dias de amanhã. Os governantes exigem que o Governo central “cumpra de uma vez por todas a lei e “corra “com os manifestantes. Em Barcelona, o acampamento foi desmantelado com fortes cargas policiais que causaram cerca de 50 feridos ligeiros. Nas situações delicadas exigem-se decisões de bom senso. Quem manda, deve pôr os olhos no outro lado do mundo!

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