Gincanas eleitorais

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A cada dia que passa verificamos que o PSD é imaturo e não está preparado para ser Governo. O que é verdade hoje deixa de o ser amanhã, as ideias que chumba hoje irá aceitá-las amanhã. A sede de poder do jovem líder do partido social-democrata comanda todas as suas linhas de acção.

Ainda esta semana, o PSD recuou e decidiu votar contra o projecto de lei da prescrição de medicamentos por substância activa. Recorde-se que na quarta-feira a comissão tinha aprovado quase todos os artigos deste diploma, apenas com os votos contra do PS, mas na quinta-feira o PSD mudou de ideias e diz não estar confortável com este diploma… Claro está que o CDS-PP, o Bloco de Esquerda e o PCP vieram criticar de imediato a mudança de posição do PSD, insinuando que o partido cedeu a pressões, nomeadamente da indústria farmacêutica e da Ordem dos Médicos. Os membros e amigos da “coligação negativa” lá saberão…

Ou seja, a “coligação negativa” que juntou a direita e a esquerda para inviabilizar o PEC4 e mergulhar o país numa profunda crise política – e consequente descredibilização junto dos mercados externos – apenas esteve junta para derrubar o Governo!

Assistimos ultimamente à gincana, avanços e recuos, e a coligações de aproveitamento político da bancada parlamentar do PSD. Tem feito mais história nos últimos dias do que em toda a sua existência. Alianças com a esquerda, esquerda radical, direita, dar o dito por não dito, tudo em menos de 30 dias num parlamento em fim de trabalhos. Conseguimos neste tempo perceber que no PSD não existe rumo e assistimos impávidos e serenos a acções puramente eleitoralistas.

Pedro Passos Coelho foi o exemplo em pessoa do que assistimos no parlamento: cometeu a proeza de mergulhar o país numa profunda crise política em nome de um programa de austeridade com o qual dizia não concordar para no dia seguinte ir a Bruxelas assumir todos os compromissos assumidos pelo primeiro-ministro José Sócrates.

Continuamos a assistir ao aumento da pressão sobre o nosso país para um resgate financeiro e respectiva ajuda externa. A situação era difícil mas ninguém tem dúvidas que a “coligação negativa” contribuiu para o aprofundar da crise e com isso prejudicou o interesse nacional. O interesse das famílias, o interesse dos empresários e o interesse de todos nós que passaria por resolvermos a crise pelos nossos próprios meios.

Continuaremos à espera das propostas do PSD para resolver o problema do défice.

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