Metro já gastou 14,5 milhões de euros na abertura do canal da Baixa de Coimbra

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Arquivo DB - Luís Carregã

A Metro Mondego (MM) já gastou 14,5 milhões de euros na abertura do canal da Baixa de Coimbra onde deverá passar o metro de superfície, disse à agência Lusa uma fonte da empresa.

“Este montante inclui todos os valores de expropriações, indemnizações, realojamentos, diversos estudos exigidos pela Declaração de Impacte Ambiental, projeto de execução, demolições e contenção de edifícios”, adiantou.

Iniciadas em 2005 e paradas há vários anos, as demolições abrangem o canal (planeado há décadas como “avenida Central”) que acolherá o metro ligeiro de superfície, entre a rua da Sofia e a margem direita do rio Mondego.

Falta ainda que a MM proceda à demolição de três parcelas situadas entre a avenida Fernão de Magalhães e a beira-rio, já expropriadas, e à reconstrução e renovação dos edifícios junto às ruas Nova e da Sofia, sendo apenas aguardada a aprovação do Relatório de Conformidade Ambiental.

“Atualmente, na zona de implantação do metro do Mondego na Baixa, apenas estão a funcionar três atividades comerciais: farmácia Luciano e Matos, pastelaria Palmeira e restaurante Democrática”, confirmou a mesma fonte da MM.

Cada uma destas empresas assinou com a Metro Mondego “um acordo de expropriação amigável” que visa “proceder à sua relocalização”, tendo em conta “a importância destas empresas para a atividade comercial desta zona da Baixa”.

“Na zona de implantação definida pela situação de alerta declarada pela Câmara Municipal de Coimbra, em 29 de dezembro de 2006, existiam 36 atividades comerciais ou serviços e 33 habitações”, disse a fonte, esclarecendo que “não existe, neste momento, nenhum morador por realojar”.

A Declaração de Impacte Ambiental, emitida em 2004, “obriga a que determinados estudos topográficos, geológicos e arqueológicos sejam efetuados antes do início da obra de construção do metro”.

Alguns destes estudos foram efetuados ainda antes das demolições, mas outros foram realizados mais tarde, frisou a fonte da administração da Metro Mondego.

“Todos estes estudos têm de ser submetidos à Agência Portuguesa do Ambiente e só depois de validados pelas autoridades competentes é que é emitida a autorização para avançar para a fase seguinte”, acrescentou.

Uma parte da zona de implantação do metro Mondego situa-se na Zona Especial de Protecção do Mosteiro de Santa Cruz e também na Zona de Protecção da Rua da Sofia.

Por isso, “têm sido pedidos estudos adicionais, o que tem atrasado o cronograma do processo para a libertação total do canal para o metro”, explicou.

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