O Cesarense quase fazia uma gracinha na festa da Taça. Foram precisos 120 minutos para que a Briosa se conseguisse impor, mas o Cesarense deu uma excelente imagem, sem se vergar nunca perante a Briosa.
Jorge Costa preferiu jogar pelo seguro… em dois sentidos: primeiro, na escolha dos titulares. Depois da (má) experiência em Arouca, o técnico não abdicou de um “onze” que dava garantias de um bom fio de jogo.
O regresso de Peiser à mostra que não estava disposto a abdicar um milímetro da segurança entre os postes. Pedro Costa e Hélder Cabral, voltaram à titularidade e Luiz Nunes substituía o condicionado Orlando.
Pape Sow voltou a merecer a confiança do técnico e a verdade é que não comprometeu. Laionel, ora à direita, ora à esquerda, foi dando profundidade à equipa.
A Académica entrou tímida e deixou jogar o Cesarense. A verdade é que a velocidade voltou a resultar, aos 27’, com Diogo Valente a receber nas costas um passe de Hélder Cabral e a inaugurar o marcador.
Na 2.ª parte, a Académica voltou a entrar “a medo” e o Cesarense aproveitou. Primeiro foi André Moreira, de livre, a rematar para grande defesa de Peiser.
Toninho, aos 53’, fez o golo, com um remate colocado, em que Peiser parece ser mal batido. Poucos minutos depois, Hugo, de longe, podia ter feito o 2-1.
Jorge Costa mexeu e fez entrar Bischoff e Éder, de uma assentada, para os lugares de Pape Sow e Miguel Fidalgo, numa tentativa de se instalar no meio-campo adversário, o que não estava a acontecer.
O impensável esteve (várias vezes) Peiser, aos 72’, socou uma bola e a Académica esteve à beira de sofrer o segundo golo, já que a bola embateu num adversário e ainda raspou no poste.
Joker veio do “banco”
Bischoff e Éder deram um maior pendor ofensivo à equipa. O jovem luso-guineense sabe como prender uma bola. O médio ex-Arsenal entrou para “10”, mas “mastigou” muito a bola.
Já perto do fim dos 90 minutos, Ricardinho quase fazia o escândalo e, na recarga, Ayrton obrigou a nova defesa espetacular de Peiser, mas o jogo foi para prolongamento.
A Briosa entrou mais decidida, com Paraíba muito irrequieto, mas só na 2.ª parte, com Éder em destaque, podia ter feito o golo.
Quanto todos escolhiam lugar para ver os penáltis, Amaury Bischoff fez um grande golo, de livre direto, acabando com o sofrimento.