O grupo de trabalho criado pela assembleia municipal para analisar o processo do Parque Desportivo de Buarcos já entrou em atividade. Reuniu-se ao fim da tarde de segunda-feira, para acertar métodos e agendar serviço. Na próxima reunião, e por sua iniciativa, o presidente da câmara presta esclarecimentos sobre o assunto.

João Ataíde propôs ainda que os técnicos da autarquia que têm acompanhado o processo esclareçam o grupo de análise. Este por sua vez, espera que lhe seja fornecida toda a documentação necessária ao desempenho das suas funções. Na próxima reunião, vai ser também definido o prazo para a apresentação do relatório à assembleia municipal. Entretanto, foi decidido que cada força partidária representada naquele órgão coordena os trabalhos durante um mês.

Recorde-se que o referido equipamento é uma promessa eleitoral do PSD, feita quando Duarte Silva se candidatou ao primeiro mandato. Porém, nove anos depois, o projeto ainda não saiu do papel, apesar de ter sido adjudicado, pelo anterior executivo municipal. De resto, a autarquia está a ser onerada com encargos relativos à consignação da empreitada. E poderá ter de pagar uma avultada indemnização caso desista da obra.

Questões relacionadas com o ordenamento do território e um conflituoso processo de expropriação também fazem parte do dossiê. João Ataíde descongelou, entretanto, uma verba retida no Turismo para avançar com um campo de golfe de nove buracos. Os demais equipamentos terão de aguardar pela melhoria do estado de saúde financeiro da câmara.

“Não temo rigorosamente nada, porque o processo foi amplamente debatido na reunião de câmara e noutros fóruns de esclarecimento da opinião pública”. Quem fala assim é Lídio Lopes, antigo vice-presidente da câmara e atual líder da Concelhia do PSD e do grupo do partido na assembleia municipal. Foi ele, aliás, quem propôs a criação do grupo, para “esclarecer tudo, exaustivamente”.