“Sobre a nudez crua da verdade, o manto diáfano da fantasia” (Eça de Queiroz)
Hoje comemora-se o Dia Mundial da Felicidade, instituído pelas Nações Unidas em 2011. Desde então, as Nações Unidas publicam o World Happiness Report, em que Portugal figura a meio da tabela.
Já aqui chamei a atenção várias vezes para a falácia estatística que compara o incomparável, pois para fazermos comparações entre países devemos ponderar os resultados. Uma forma simples de o fazer é estandardizar os resultados por país e tricotomizá-los.
O gráfico seguinte, feito com base nos dados disponibilizados pelo Inquérito Social Europeu entre 2002 – 2014 – uma série longa e que permite minimizar o efeito de conjuntura – mostram uma realidade diferente do Índice da Nações Unidas. Como se pode observar, Portugal encontra-se na 15ª posição entre os 30 países europeus considerados.
Deve destacar-se o facto de Portugal apresentar uma percentagem média de “infelizes” inferior ao conjunto e uma percentagem média de “muito felizes” superior, 11,2% e 14,3%, respectivamente.