Para Aristóteles, a Felicidade consiste em ter uma vida boa, no sentido ético moral do termo. Ou seja, as pessoas felizes estão em harmonia consigo mesmo.
O principal desígnio do ser humano deve ser a busca da Felicidade.
Este princípio está plasmado na Constituição norte americana da seguinte forma : “Os governos devem criar condições que permitam aos cidadãos buscar a sua felicidade. Assim, a felicidade, ao contrário do que se ouve dizer constantemente, não é um direito, é um dever. O papel dos governos é essencial pois não é feliz quem quer, só quem quer e pode.
A felicidade está na moda e e usada abundantemente pelo marketing comercial e o marketing político. Não surpreende assim que o putativo candidato à liderança do PSD, Pedro Duarte , diga que: “A adoção do índice “Felicidade Interna Bruta” é o ponto de partida do Manifesto X. A ideia é que o desenvolvimento do país seja avaliado com base na qualidade de vida e felicidade da população a nível do bem-estar psicológico, uso do tempo, vitalidade comunitária, saúde, consciência ecológica e cultura”.
A FIB-Felicidade Interna Bruta, por analogia com o PIB, é “stock de felicidade de cada país. Mas “medir” a felicidade é complexo, pois de acordo com a proposta da chamada Comissão Stiglitz, que é uma espécie de “estado da arte” no cálculo da felicidade, é necessário ter em conta as seguintes dimensões:
i. Padrões materiais de vida (ren dimento, consumo, e riqueza);
ii. Saúde;
iii. Educação;
iv. Actividades pessoais, incluin do o trabalho;
v. Voz política e governação;
vi. Conexões e relações sociais;
vii. Ambiente (condições actuais e futuras);
viii. Segurança de natureza económica e física
O índice de Felicidade que construí com base nestas dimensões e na informação disponibilizada pelo Inquérito Social Europeu (www.europeansocialsurvey.org) apresenta a distribuição na Europa que podemos observar no dois gráficos anexos. Portugal aparece no fim da tabela, só à frente da Hungria e da Bulgária, sendo os lugares cimeiros ocupados pelos países nórdicos.
Note-se que a correlação entre a Felicidade Interna Bruta e o Optimismo é positiva e muito forte ( 0,812 ). A tendência é para que os países “mais felizes” sejam, também, mais optimistas relativamente ao futuro. Ao contrário, os países “menos” felizes são menos optimistas.Portugal encontra-se entre os últimos.