Liderou um processo de requerimento para destituição da direção da Académica, que prometeu e cumpriu a demissão no final da época. Vai agora apresentar uma candidatura?
Depois das eleições ganhas pelo engenheiro Simões, e sendo eu um homem do Estado de Direito e de presunção da inocência, quando o processo transitou em julgado, isso fez com que achasse que ele estava ferido de morte naquilo que são os valores e princípios fundamentais que caracterizam a Académica. Portanto entendia que ele devia demitir-se.
Contrariava o espírito de escola de formação que é a Académica. Não podia perceber como é que uma pessoa em formação se podia rever na figura principal da instituição, com um indivíduo condenado por corrupção e abuso de poder. Isso incomodou-me fortemente e levou-me a protagonizar o pedido de uma assembleia geral (AG)extraordinária para analisar a situação do presidente da direção. Isso aconteceu a 19 de fevereiro.
Foi nessa altura que surgiu a moção de censura…
Foi aprovada uma moção de censura por cerca de 70 por cento dos sócios. O objetivo era que o senhor presidente se demitisse e que encontrasse no seio da sua direção alguém que o substituísse, para acabar o mandato. Nada me movia contra a direção.
Mas, oito meses depois, como os diretores da Académica, por ação ou omissão, estiveram sempre alinhados com a perda de valores, o definhamento financeiro e perda da competitividade desportiva, um grupo de sócios alargado, significativo e de grande qualidade, resolveu apresentar um pedido de AG extraordinário para destituir a direção.
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