Hélder Bruno Martins

“Offshore” ou “of course”! É a mesma coisa.

Parece que existe um escândalo com os “paraísos fiscais” – os offshores – por serem utilizados para o estabelecimento de empresas fictícias. Estas empresas fantasma servem para encobrir as fortunas de ilustres de todo o mundo… Fortunas ilícitas, portanto, ou não compatíveis com os rendimentos declarados dos seus detentores.

Fortunas que estarão certamente escondidas, portanto, por eventual proveniência ilegal, criminosa, imoral (sim, porque uma coisa é a legalidade e outras são a ética e a moral, e é possível que determinado ato seja simultaneamente legal e imoral).

Tudo isto veio ao plano mediático sob a designação de “Panama Papers”, divulgados pelo International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ), um projeto do Center for Public Integrity.

Num mundo que, apesar dos avanços das últimas décadas, se depara com problemas sociais, económicos e ambientais, imorais serão desde logo os próprios “paraísos fiscais” que têm como função isentar de impostos as grandes fortunas.

Os offshore ou tax haven (erradamente traduzido para “paraísos fiscais”, apesar de ser um erro muito pertinente!) não são utilizados por trabalhadores, pela classe produtiva de uma maneira geral, onde incluo o nosso tecido empresarial nacional de médias, pequenas ou micro empresas.

Estes paraísos fiscais são, sim, um recurso para uma elite que concentra em si grande parte da riqueza produzida no mundo.

Até pode ser legal, mas é desde logo imoral. E ao que parece até há, também, algumas ilegalidades… Curiosamente está a ser dado bastante mediatismo a algumas individualidades. Estranho… ou não… Veremos.

É o círculo social do vil metal. Sodoma e Gomorra à escala planetária, Graças a Deus! Implodirão quando não tiverem a quem vender, quando não tiverem quem lhes compre.

Perto de mim, depois do anúncio da notícia, ouvi o seguinte comentário: -“OLHA!! Que novidade!”