A probabilidade de ocorrência de morte súbita entre atletas federados na região Centro é de seis casos por ano.

De acordo com o diretor do Serviço de Cardiologia B do Centro Universitário e Hospitalar de Coimbra (CHUC), Lino Gonçalves, os estudos apontam para uma prevalência de uma morte súbita por cada 25 mil praticantes de desporto. Atendendo a que, de acordo com os últimos dados do INE, existem 147 mil atletas federados – de todas as modalidades – nos seis distritos da região Centro, a possibilidade de ocorrência anual é de seis casos.

Esta conclusão surge na sequência do simpósio sobre “Medicina Desportiva”, que ontem teve lugar no auditório do ISCAC, numa organização da Associação de Basquetebol de Coimbra (ABC) com o apoio da Associação de Futebol de Coimbra (AFC).

No distrito de Coimbra, com apenas 21499 atletas de todas as modalidades – sete mil dos quais no futebol e mil no basquete – a probabilidade de ocorrência de morte súbita não chega a uma por ano, mas em Aveiro, com o dobro de federados registados, duplica igualmente essa possibilidade em atletas até 35 anos.

À margem do colóquio, o presidente da AFC, Horácio Antunes, alertou para a necessidade dos clubes terem nas suas instalações um desfibrilhador e pessoal formado, reconhecendo que o custo do equipamento é uma dificuldade

Luís Santarino, presidente da ABC reconhece que se tem registado uma evolução na bateria de exames médicos anuais exigidos aos atletas federados e pesquisa de antecedentes familiares de patologia cardíaca.

O dirigente concluiu que o simpósio de ontem resultou da “necessidade premente de formação entre agentes desportivos, bem como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros técnicos”. A prová-lo, o facto das participações no encontro terem ascendido a 130 inscrições.

Toda a informação na edição impressa do DIÁRIO AS BEIRAS de hoje, 20 de fevereiro de 2016