O interior precisa de uma voz forte em Portugal e na Europa

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O eurodeputado e antigo autarca de Viseu Fernando Ruas. FOTO LUÍS CARREGÃ

O eurodeputado e antigo autarca de Viseu Fernando Ruas. FOTO LUÍS CARREGÃ

A experiência de autarca, presidente dos autarcas portugueses e fundador do Comité das Regiões dão a Fernando Ruas a bagagem que precisa para afirmar os territórios do interior da região Centro no contexto nacional e europeu.

Apresentou-se como o eurodeputado do interior e quer arrancar com a criação de um estatuto para estes distritos, à semelhança do que existe noutras regiões europeias, que permitiu criar igualdade de oportunidades. Um trabalho em que quer envolver os próprios cidadãos

Disse, desde o início, que ir para a Europa era um desafio. Porque aceitou?
Confesso que não foi fácil, mas aceitei, porque me convenceram de uma característica que acho que tenho e que assenta na proximidade. Afinal, foram 24 anos a tratar da proximidade com os cidadãos. Como disse ao longo da campanha, se no Parlamento Europeu fazem falta intelectuais, hão de fazer falta também, pessoas que tenham a característica da proximidade, que interpretem bem o sentimento das pessoas, reconheçam as suas expectativas e que tenham vivido no meio delas.

Na verdade, e viu-se nestas eleições, para a grande maioria dos portugueses a Europa é algo que está lá longe…
É verdade e explica a grande abstenção. Mas sempre foi assim. Quanto mais distante está o poder, menos atrativo é. Mas, a juntar a isso, foi também o facto de não termos aproveitado este momento, nem agora nem no passado, para falar sobre a Europa. Tentei uma série de vezes e as pessoas queriam falar sobre temas nacionais. Eu até me sinto perfeitamente à vontade para falar sobre temas nacionais, nunca fiquei acantonado, só que acho que há um momento para cada coisa. Se se pudesse falar de tudo durante todas as eleições, far-se-ia apenas uma e votava-se para as Autárquicas, as Legislativas e as Europeias, poupando-se tempo e dinheiro. Mas não pode ser assim. A Europa tem problemas próprios e custou-me ver que, neste interior, seguramente, mais do que nas zonas litoralizadas, mais se desconhece o que é a Europa.

E como pensa garantir essa proximidade entre a Europa e este interior que escolheu para representar?
Assumi um compromisso que considero arriscado e que espero cumprir, como tentei fazer sempre na minha vida pública. Em todas as instituições que visitei prometi, aos seus responsáveis, que as voltaria a visitar. E vou visitá-las, para lhes perguntar quais os problemas que têm e em que eu possa ser o mensageiro para a Europa. E tudo farei para lhes trazer a resposta. Quero, definitivamente, ser a voz deste Interior.

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