A Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR está a ser afetada pela conjuntura económica e financeira do país?
Poderá estar a ser afetada, mas posso considerar que, neste momento, para o cumprimento da missão, temos os meios adequados, tanto a nível terrestre como marítimo. O destacamento tem duas lanchas de vigilância e interceção, na Figueira da Foz e em Aveiro, e uma série de embarcações para águas interiores. Os meios de todo-o-terreno são perfeitamente adequados, bem como as câmaras de vigilância, permitindo-nos cumprir a nossa missão na íntegra.
Continua a apostar no combate à captura de pescado imaturo?
Também. Isso prende-se com a questão ambiental. É uma das missões que consideramos mais importantes. No pescado, fazemos o combate e a fiscalização das descargas na lota, fuga à lota e imaturos.
Este tipo de ilícito aumentou com a crise?
No ano de 2013 tem havido menos pesca e para já não temos dados que nos permitam aquilatar se aumentou ou diminuiu. Talvez no fim do ano possamos aferir se aumentou ou não e se há uma relação com a situação económica do país.
Qual é a jurisdição da UCC?
Vai do Furadouro até à Foz do Arelho. Temos um sub-destacamento em Aveiro, Figueira da Foz, onde está o comando, e Nazaré. Temos uma área com três portos e três lotas – Aveiro, Figueira da Foz e Nazaré.
Os pescadores de arte xávega da Praia de Mira revoltaram-se contra a devolução ao mar da totalidade do peixe quando é detetado algum pescado imaturo. Um ano depois, a GNR mantém a mesma intensidade da fiscalização?
A GNR não abrandou a atividade. A comissão de acompanhamento para a arte xávega começou a funcionar em janeiro de 2013. Por outro lado, este tem sido um ano atípico para a arte xávega, que só há uma mês e meio é que retomou a atividade.
Esta entrevista poder ser ouvida na íntegra na Foz do Mondego Rádio (99.1 FM), à sexta-feira pelas 21H00, e em podcast na página www.asbeiras.pt.