Serpa Oliva

Hoje e amanhã decorre mais um Conselho Europeu no qual dependerá, seguramente, muito do futuro da Europa, nomeadamente no que concerne à zona Euro. Portugal terá, como qualquer um dos 27, a sua palavra a dizer. Estou certo que soluções mais rápidas e duradouras virão a ser aprovadas. A dívida soberana, que percorre transversalmente muitos dos seus países, já não se compadece com mais adiamentos.

Em segundo lugar, queria dar-vos conta da minha completa estupefação perante a greve dos pilotos da TAP que, para além de serem altamente remunerados, exigem 20 por cento no capital da futura empresa aquando da sua privatização.Esse gesto vai-nos custar cerca de 15 milhões de euros por dia, irá afetar dezenas de milhares de passageiros e não será seguramente compreendido por ninguém, a não ser eles próprios.

Em terceiro lugar, tivemos esta semana uma audiência com o senhor ministro da Saúde, que nos deixou a certeza de que o SNS sobreviverá, apesar da incrível dívida acumulada de três mil milhões de euros a fornecedores. Essa mesma dívida será escalonada no tempo e, em breve, todos os fornecedores deverão poder contar com um plano de pagamento de curto, médio e longo prazo.

É bom não esquecer que muitas dessas dívidas se arrastam há mais de dois anos. Uma palavra relativamente às taxas moderadoras, as quais vieram isentar mais milhão e meio de portugueses e se os mesmos forem acompanhados de uma carta do médico de família, a justificar a sua ida à urgência, ficam isentos do seu pagamento.

Por último, o CHUC tem finalmente Conselho de Administração. Goste-se, ou não se goste da fusão, ela aí está. Resta-nos desejar ao Conselho de Administração, presidido por José Martins Nunes, toda a felicidade do mundo numa tarefa que esperamos venha a engrandecer a saúde na região Centro de Portugal.