Norberto Canha
Era contra estas eleições, mas vão acontecer.
Tive o cuidado de mandar aos responsáveis políticos do País e aos presidentes das autarquias, dado que os autarcas são aqueles que minimamente conhecem os problemas das populações e consequentemente do País, o livro em formato electrónico, e por e-mail – Amar Portugal, apelo ao senso, à verdade e ao reconhecimento – contas aos netos. É o que eu penso! Penso que ninguém o leu, uma vez que: – os moldes das campanhas eleitorais e os debates foram nos moldes a que já nos habituaram. Um desafio de futebol com ponta direita, ponta esquerda, centro, mas ao contrário do futebol, não jogamos em equipa para sairmos do atoleiro em que nos encontramos. A equipa de futebol tem a mesma finalidade – vencer. Esta equipa de políticos, com o seu comportamento e prática quer destruir, que é mais que perder. Nestas circunstâncias, neste momento só há um partido – Portugal e a sua dignidade; Na lista para deputados locais, deputados que, desde há anos atrás, mais cuidam de si do que cuidam de nós; uma vez que não sabemos onde os encontrar e onde se encontrarem; assim, como poderão estar a par do pensamento daqueles que representam e adquirirem perspectivas de soluções?! São apenas um pau mandado do partido, ou melhor do seu presidente ou secretário-geral, porque visionam um prato de lentilhas, na participação do poder da estrutura do Estado.
Hoje em toda a estrutura do Estado, salvo raras e pontuais excepções; quem manda encontra-se no tecto do poder, quando só tem capacidade para estar no tampo da mesa. Num futuro próximo, se queremos vencer, os de topo de poder têm que se sustentar com o topo da mesa, para que ascendam ao poder os mais aptos, competentes, justos e impolutos. É assim que terá de ser. É isto que terá de acontecer. Senão: Analisemos o comportamento aos nossos deputados, pelo nosso distrito. Não sei nem sabemos onde os encontrar.
Do PPD/PSD – Só Pedro Saraiva atende sempre o telefone e está sempre disponível para nos ouvir e atender. –
No Partido Socialista – o Doutor Victor Baptista atende-me sempre o telefone, mas ando há cerca de três anos na esperança de falar com ele.
No CDS/PP – tinha grande esperança no Doutor João Serpa Oliva, dado que é um bom profissional, mas nunca é atendido o telefonema do Mestre …
Quanto aos futuros deputados, que sairão destas eleições; parece-me mais uma fartura de gerações. Juventude a mais, não temperada com a experiência de vida; quase todos eles com as raízes implantadas nas cidades. Será mau presságio? Teoria a mais, prática a menos. Lá iremos cair, temo, no eterno contraste da Assembleia da República em que a ideia que nos fica é que é apenas um desperdício de tempo e dinheiro, sem ou com pouca utilidade. Todos nós, mas especialmente os Senhores Deputados, temos responsabilidade no que nos está a acontecer. Só que os Senhores Deputados têm responsabilidade acrescida por não terem controlado o Governo. Só que uma verdade é sempre verdade e não pode estar dependente do contraditório. Segundo o meu livro, o que mandei aos políticos, o que há que fazer: Uma nova Constituição, não inspirada pelas ideologias, mas antes, aprovem-se os princípios estruturais em que o dominante terá de ser o da equidade. A equidade é a seiva da seriedade, como a seiva é para as plantas. Sem ela não há vida;
Uma nova mentalidade. Antes de evocar os direitos, devemos cumprir escrupulosamente os nosso deveres pelo que: todos temos de trabalhar, e no trabalho, seja físico ou intelectual temos de dar o nosso melhor. Os sindicatos devem ser moralizadores e não agitadores; todo o trabalho é digno e aplica-se ao trabalho o ditado popular “ a trabalho dado não se olha a dente”; isto é, emprego oferecido é emprego aceite. É assim que a agricultura é uma esponja capaz de absorver o excedente de mão-de-obra. Só novas tecnologias, é uma ilusão; é um desperdício de tempo. Na próxima edição falarei das prioridades e apontarei algumas soluções.
