A definição dos contrastes

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Paulo Júlio

Presidente da Câmara Municipal de Penela

A melhor forma de abordarmos o futuro deverá ser pelo esclarecimento e pela participação activa, enquanto cidadãos de um Portugal que tem tudo para ser melhor. Independentemente dos nossos conceitos e preconceitos, cada um de nós deverá analisar, procurar e concluir sobre o rumo. Temos preocupações e problemas mas, é obrigação de todos perceber como foi possível chegar aqui, quem são os responsáveis, o que deveremos mudar e, em consciência, fazer as nossas escolhas nas eleições marcadas para 5 de Junho.

É necessário perceber o passado, o recente e o mais longínquo, e perguntar pelo futuro. No futuro, é bom entender que se for tudo importante, não haverá prioridades, erro que jamais se deverá cair novamente. Para alterar resultados, cada um deverá concluir se o deveremos fazer com os mesmos protagonistas que nos trouxeram até aqui ou mudar, exigindo novas políticas para sairmos do buraco em que nos meteram.

Para melhor escolher, é importante estar ciente de que os políticos, como outros quaisquer profissionais, não são todos iguais e, por isso, o artigo de hoje sai fora do padrão. Pensei, em vez de acrescentar mais análises ou comentários, trazer definições. Não quaisquer definições mas, aquelas que poderão ser ponto de partida para, nas próximas semanas, estarmos atentos e podermos com uma base crítica razoável, suportar as nossas escolhas.

Estadista – pessoa de princípios comprometida no sucesso da governação, com sabedoria e sem limitações partidárias.

Oportunista – pessoa que aproveita as oportunidades, normalmente sem preocupações éticas.

Mérito – aptidão para desenvolver uma determinada tarefa. Fundamental para haver sucesso.

Compadrio – protecção injusta, exagerada e sem justificação de merecimento.

Teórico – aquele que conhece cientificamente os princípios de uma arte. Desligado da realidade.

Experiente – pessoa que, para além da definição teórica, suporta o saber na prática. Tem provas dadas.

Obstinado – pessoa que persegue incessantemente um objectivo. Nega a realidade.

Sensato – pessoa com capacidade de distinguir a melhor conduta em situações específicas. Ver bom senso.

Servir – capacidade de colocar sempre os interesses colectivos, à frente de quaisquer razões mais sectoriais ou pessoais.

Beneficiar – Agir de forma a ir ao encontro do seu próprio interesse ou somente de alguns amigos.

Estratégia – Forma de pensar no futuro, definindo metas e monitorizando os resultados.

Gestão à vista – Forma de gerir as variáveis de curto prazo, admitindo permanentemente a sua alteração, condicionando o futuro.

Líder – conduz um grupo de pessoas, transformando-o numa equipa motivada que gera resultados.

Chefe – comanda com autoridade um grupo de pessoas, exigindo obediência.

Meu caro leitor, mesmo que não goste de política, faça esse esforço de análise e decida livremente, na única certeza absoluta, que a escolha condicionará o futuro. Num leve exercício, tome atenção à definição dos contrastes e projecte-a no modo de governação que mais deseja. Por Portugal, pelo futuro e pela mudança que vai ser necessário realizar.

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