Viver a noite num lugar mágico em Coimbra

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Ambiente e sustentabilidade. As palavras aliam-se, na perfeição, quando é do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra que se fala. Mas, ambiente e sustentabilidade, parecem duas palavras ainda mais certas para descrever o novo projecto que o extraordinário espaço verde de Coimbra está a acolher e que, garantem os responsáveis, ficará disponível a todos os interessados em Setembro próximo. A proposta é de pernoitar numa TreeHouse Hotel instalada num espaço junto à capela, na mata do Botânico.

A funcionar como entidade de acolhimento de um projecto desenvolvido pelo Estúdio dass para a ExperimentaDesign Lisboa 2009, o Jardim Botânico de Coimbra foi “escolhido” por Nuno Janeiro e António Alte da Veiga, uma dupla de jovens profissionais interessados nas áreas da arquitectura, design e sustentabilidade ambiental.

Ao DIÁRIO AS BEIRAS, Helena Freitas confessou: “O que me seduziu na ideia foi o facto de ser uma casa com uma arquitectura sustentável, mas também a possibilidade de as pessoas pernoitarem na mata do Jardim Botânico, o que tem um grande poder de sedução. Por outro lado, disse ainda a responsável, “trata-se de uma habitação que tem a intenção de revelar também as questões da sustentabilidade da construção, hoje uma ideia fundamental”.

A ideia foi levada à directora do Jardim Botânico por Nuno Janeiro, aluno de mestrado do curso de Arquitectura da Universidade de Coimbra, e António Alte da Veiga, especialista em conservação e restauro, que “sempre manifestaram um grande empenho” em que o projecto viesse a Coimbra.

Conseguido o “empenho igual” do Jardim Botânico, começou depois a tarefa de fazer a instalação “minimizando todos os custos”, num projecto que conseguiu o apoio da empresa municipal Turismo de Coimbra, também por se tratar do Ano Internacional da Biodiversidade. Todo o restante trabalho ainda em curso – instalação da água, esgotos, painéis solares, chuveiro exterior –, está a ser feito por Nuno Janeiro e António Alte da Veiga.

E esta possibilidade de abrir o jardim à “hotelaria”? Para Helena Freitas, trata-se de uma ideia que talvez possa vir a transformar-se numa “possibilidade real na sustentabilidade de espaços desta natureza”. É que a responsável entende que “a hotelaria, uma hotelaria muito particular e associada à natureza, pode perfeitamente ser uma opção para a manutenção de espaços destes”.

“Não tenho nenhum dogma, nenhum preconceito em relação a isso”, acrescentou Helena Freitas, adiantando que esta possibilidade da TreeHouse Hotel é uma forma de “experimentar, associando toda a simbologia do espaço, a noite passada em plena natureza”.

Neste momento, o projecto está em “regime experimental”, para ser apresentado em Setembro próximo. Nessa altura, asseguram Helena Freitas e Nuno Janeiro, “funcionará com todas as valências básicas para garantir uma estadia de qualidade” a quem quiser usufruir em pleno da natureza.

Mesmo porque este é, como salientou a especialista, “um espaço muito particular, onde as pessoas podem sentir uma sintonia muito especial com o mundo natural”. De facto, a mata é um espaço semi-natural, não se trata de um jardim com plantas ornamentais, a que acresce um fascínio que é normal por habitualmente se encontrar encerrada ao público. Por essa razão também se trata de um espaço relativamente isolado, mas a segurança estará inteiramente garantida.

Para Nuno Janeiro, para lá do conjunto onde a TreeHouse Hotel está instalada – depois de ter passado por Lisboa, Silves e Leiria – há ainda a vantagem do local específico onde está implantada a estrutura, junto à capela da mata do Botânico: “Por serem edifícios tão contrários, valorizam-se um ao outro. Um é de pedra, perene, tem o peso da história e a marca do tempo. O outro é todo o oposto, é uma construção contemporânea, efémera, sustentável. E por isso, naturalmente, irão valorizar-se mutuamente”, assegurou.

3 Comments

  1. Pingback: TreeHouse Hotel no Botânico « Denúncia Coimbrã

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