Portugal terá em maio a quarta eleição legislativa num período de cinco anos e meio. Se reduzirmos o período para os últimos três anos e três meses, estas vão ser as terceiras eleições. Desde 2019 que o Parlamento não cumpre uma legislatura até ao fim.

Na altura, as eleições legislativas portuguesas de 2019 decorreram no dia 6 de outubro de 2019 e constituíram a XIV Legislatura da Terceira República Portuguesa. O Partido Socialista, liderado por António Costa, conseguiu uma maioria clara de 36,34%, enquanto o seu maior oponente, o PSD, perdeu 10 deputados relativamente a 2015 e atingiu um dos seus mínimos históricos desde 1975.

Três anos passados, em 2022, o Partido Socialista, liderado pelo primeiro-ministro António Costa, venceu novamente as eleições, atingindo a maioria absoluta. Foi apenas a segunda vez que o PS alcançou tal feito, depois de em 2005, com o engenheiro José Socrates.

Estas eleições ocorreram depois de, no dia 27 de outubro de 2021, a proposta do XXII Governo Constitucional de Orçamento de Estado para 2022 ter sido chumbada na Assembleia da República.

No ano passado, após o terceiro governo de António Costa ter sido muito instável, com vários escândalos e polémicas que o afetaram até meados de 2023, o então primeiro-ministro anunciou a sua demissão e que não seria candidato à reeleição.

O país foi novamente a eleições e foi a vez do PSD vencer as Legislativas. O XXIV Governo Constitucional da República Portuguesa era liderado por Luís Montenegro, que liderou a Aliança Democrática, coligação que obteve maioria relativa na Assembleia da República naquelas eleições. O governo tomou posse a 2 de abril de 2024 e passados 344 dias caiu, depois de uma moção de confiança rejeitada na Assembleia da República.

Nunca tinha acontecido num regime de democracia plena (se excluirmos a eleição para a Assembleia Constituinte) Portugal ter quatro eleições legislativas em tão curto período de tempo.