Ciclo de Teatro e Artes Performativas de Coimbra com cerca de 40 atividades
Cerca de 40 atividades, que vão do teatro à dança e performance, compõem o programa do 5.º Ciclo de Teatro e Artes Performativas Mimesis, que decorre em Coimbra ao longo de um mês, revelou hoje a organização.
“Vamos ter 27 eventos performativos e sete eventos convergentes. O aspeto central é o evento performativo artístico em si mesmo, mas há depois a preocupação de expandir esse momento mais efémero da performance, com reflexões à volta do aspeto criativo, desafios e dificuldades”, revelou o vice-reitor da Universidade de Coimbra, Delfim Leão.
O 5.º Ciclo de Teatro e Artes Performativas Mimesis vai decorrer em Coimbra de 15 de maio a 15 de junho, sendo promovido pela Universidade de Coimbra, envolvendo estruturas como o TEUC – Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra, a Companhia de Teatro de Braga e a Dança em Diálogos – Associação Cultural.
Durante a apresentação do programa, que decorreu esta tarde no Teatro Académico Gil Vicente (TAGV), Delfim Leão explicou que o evento pretende promover a atividade artística em particular, mas também a formação e mobilização dos públicos, bem como a reflexão à volta do processo de criação artística, na dimensão da investigação.
Quanto à tipologia de eventos, indicou que nove serão centrados no teatro, sendo um deles especificamente direcionado para o teatro infantil.
“Uma das preocupações que temos tido nestas iniciativas é de cobrir todo o tipo de públicos, embora o público maioritário seja o universitário”, referiu.
Segundo o vice-reitor da Universidade de Coimbra para a Cultura, Comunicação e Ciência Aberta, o programa propõe ainda 12 performances.
“Temos ainda outras categorias representadas, como a dança, só com uma iniciativa, mas que realmente é marcante. Temos também um evento multidisciplinar, um espetáculo multimédia e um apontamento de cinema”, acrescentou.
Ao longo da sua intervenção, Delfim Leão informou ainda que o ciclo irá decorrer em 22 locais da cidade de Coimbra.
“Toda a cidade é convidada a fazer parte deste esforço, o que não significa que não haja um epicentro no Teatro Académico Gil Vicente, onde ocorrerão cinco dos espetáculos mais impactantes. Haverá espetáculos em locais improváveis, inclusive na própria rua, mostrando que a arte pode estar em qualquer lado”, alegou.
Da programação destacou o espetáculo de teatro “A mesa, um lugar onde…”, que a Companhia de Teatro de Braga, CRL traz ao TAGV a 15 de maio; e ainda o espetáculo de dança “Requiem – A única censura que deveria existir é censurar a censura”, que chega ao mesmo espaço a 15 de junho, pela mão da Dança em Diálogos, e uma encenação inspirada na obra visual do artista Julião Sarmento.
Destaque ainda para a performance “Cantar à Janela”, que a estrutura Palhaços d’Opital leva ao Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, a 21 e 28 de maio; e para o espetáculo “Eu trago os cravos na garganta”, que o TEUC leva ao palco do TAGV a 01 de junho.
A maioria dos espetáculos que compõem a programação do Ciclo Mimésis, cujo investimento rondou os 40 mil euros, é gratuita.
O Ciclo Mimesis inscreve-se na estratégia de programação cultural anual da reitoria da Universidade de Coimbra, procurando “valorizar a criação e a prática artísticas, promover a investigação especializada e aprofundar a formação e qualificação na área das artes”.
Pretende ainda contribuir para “a diversidade e qualidade da programação cultural, ao estimular o diálogo entre a Universidade de Coimbra, a cidade, a região e o país”.
A programação integral está disponível no ‘site’ da Universidade de Coimbra, em uc.pt/cultura/mimesis.