Câmara de Coimbra quer criar comunidade de energia renovável em bairros sociais

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A Câmara de Coimbra quer criar uma comunidade de energia renovável, concessionando os telhados de bairros sociais, prevendo a instalação de 1.500 painéis fotovoltaicos e uma poupança de 47% no custo da energia.

A proposta, que será discutida na reunião do executivo de terça-feira, propõe a abertura de concessão dos telhados de prédios dos bairros do Ingote, Misericórdia, Fonte da Talha e Parque Nómada, bem como dos edifícios municipais do Algar e da Pedrulha, afirmou a autarquia, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

O projeto prevê a instalação de cerca de 1.500 painéis fotovoltaicos e um investimento de cerca de 400 mil euros pelo concessionário com a aplicação do sistema, que deverá assegurar uma poupança de 47% face ao custo da energia da rede, salientou.

A concessão dos telhados será por um período de 20 anos, garantindo a poupança, desde logo, na conta dos residentes destes bairros e dos consumidores que farão parte da comunidade de energia renovável (CER), que beneficia todos os que vivem num raio de dois quilómetros em torno dos equipamentos a serem instalados, aclarou.

A medida irá beneficiar 370 famílias que vivem nos bairros sociais mencionados, bem como da Fonte do Castanheiro e de Celas, bairros de habitações individuais, onde não serão instalados painéis, mas que podem ser integrados na CER e beneficiar das vantagens, já que haverá painéis a menos de dois quilómetros daqueles locais, explicou o município.

A empresa que vencer o concurso de concessão terá a obrigação de desenvolver o projeto de engenharia, licenciar instalações, instalar painéis e constituir formalmente a CER, bem como fazer a sua manutenção.

Segundo a Câmara de Coimbra, com a aplicação do projeto, 32% da energia consumida “passará a ser proveniente das centrais solares”.

Para além das 370 famílias identificadas nos bairros sociais, outras 300 famílias poderão beneficiar de uma tarifa de cerca de 12% inferior ao valor médio atual de mercado.

As famílias dos bairros sociais deverão poupar cerca de 30 mil euros ao ano (100 euros por família), os edifícios municipais 10.500 euros por ano e os restantes membros da CER 9.500 euros.

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