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Mais de mil crianças, a maioria recém-nascidos no primeiro mês de vida, em que se incluem situações de prematuridade, foram transportadas nos primeiros 10 meses do ano pelo Transporte Inter-hospitalar Pediátrico, segundo dados divulgados hoje pelo INEM.
No Dia Mundial da Prematuridade, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) faz um balanço da atividade deste serviço dedicado ao transporte de recém-nascidos e doentes pediátricos em estado crítico entre unidades de saúde.
Os dados revelam que, entre janeiro e outubro de 2023, o serviço de Transporte Inter-hospitalar Pediátrico (TIP) do INEM realizou 1.051 serviços, a maioria (52%) relativo ao transporte de bebés até um mês de vida.
Um terço dos transportados eram crianças entre um mês até aos oito anos, a maioria (60%) rapazes.
De acordo com os dados, a patologia neonatal foi o principal motivo para o acionamento deste meio de emergência (45%), seguida da patologia respiratória (21%) e neurológica (11%).
Em termos geográficos, a ambulância localizada em Lisboa foi a que registou mais acionamentos, assegurando 45% do total de serviços, seguida das ambulâncias do Porto (23,4%) e de Coimbra (23%).
Neste período, o Transporte Inter-hospitalar Pediátrico apresentou uma taxa de operacionalidade de 94,42%.
O TIP é um subsistema que presta cuidados a prematuros, recém-nascidos em situação de risco e crianças gravemente doentes (até aos 18 anos), permitindo a sua estabilização clínica e o transporte acompanhado para as unidades de saúde onde existam unidades de cuidados intensivos neonatais e/ou pediátricas, ou especialidades não disponíveis no local de origem, refere o INEM.
Com cobertura nacional e em funcionamento permanente, o TIP é constituído por quatro ambulâncias localizadas no Porto, Coimbra, Lisboa e Faro, equipadas com o material necessário à estabilização e transporte dos doentes.
A tripulação destas ambulâncias é constituída por um médico e um enfermeiro, afetos às unidades de saúde pediátricas, e um técnico de emergência pré-hospitalar do INEM.
O TIP veio absorver o antigo Subsistema de Transporte de Recém-Nascidos de Alto Risco, que funciona no INEM desde 1987.
Atualmente, tem como objetivos assegurar o transporte inter-hospitalar pediátrico de doentes críticos através de um sistema organizado e cobrindo todo o país.
