Ex-jornalista da Lusa José Domingos morre aos 66 anos

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José Domingos, ex-jornalista da ANOP e da Lusa e antigo correspondente do DIÁRIO AS BEIRAS, na Guarda, morreu hoje de doença aos 66 anos, em Viseu, disseram fontes da família à agência Lusa.

José Eduardo de Matos Domingos estava doente há algum tempo, em casa de uma filha, em Viseu, e faleceu na madrugada no Hospital de São Teotónio, na mesma cidade, onde entrou devido a “um agravamento do seu estado de saúde”, adiantou um familiar.

Quando saiu da Lusa, em 2006, era um dos mais antigos trabalhadores da empresa, com o número 86.

Ingressou na ANOP em 1978, adstrito à Delegação de Coimbra, tendo trabalhado a partir da Guarda cerca de 28 anos no conjunto das duas agências noticiosas portuguesas.

Na primeira década do novo milénio, José Domingos integrou, a partir da Guarda, a rede de correspondentes regionais do DIÁRIO AS BEIRAS criada pelo então diretor-adjunto António Soares Rebelo, também já falecido.

Hoje, com início do velório às 21H00, o corpo vai estar em câmara ardente na Casa Mortuária da Misericórdia da Guarda.

A cremação está marcada para quinta-feira, às 16H00, no Crematório de Mangualde, no distrito de Viseu.

José Domingos estava reformado, era pai de duas filhas e avô de quatro netos.

As cinzas serão levadas para Longroiva, aldeia do município da Mêda onde foi criado em casa dos bisavós paternos.

Em 2015, enquanto investigador empenhado na preservação da herança cultural dos judeus sefarditas, na Beira Interior, José Domingos, que usava o nome judaico de José Levy Domingos, foi agraciado com a “medalha de honra” do Conselho das Comunidades Sefarditas de Jerusalém, um galardão atribuído pela primeira vez a um cidadão português.

A distinção foi então justificada pela organização israelita com o trabalho “que durante toda a vida José Levy Domingos” desenvolveu “em prol da preservação da herança judaica em Portugal, a aproximação social e cultural entre Portugal e Israel e o apoio aos descendentes de cristãos-novos perseguidos pela Inquisição e seu retorno ao seio do povo judeu”.

O homenageado fundou na Guarda a Associação de Amizade Portugal-Israel, foi cofundador do Museu Judaico de Belmonte (MJB), impulsionou a criação do Centro de Interpretação da Cultura Judaica Isaac Cardoso, em Trancoso, e coordenou o Gabinete Judaico do MJB.

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