Opinião: Serviço nacional de saúde, um bem a defender!

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Para quem sempre defendeu o Serviço Nacional de Saúde, a experiência vivida só me poderá trazer boas recordações.
Confesso que o receio, talvez medo, me assaltou, porque não é hábito, ou melhor, eu não era um “habitué” de nenhum hospital!
Aqui e ali – já pareço os comentadores da bola – ouve-se dizer e comenta-se sobre a qualidade dos serviços médicos públicos.
É muito difícil encontrar alguém que, quando ouvido pela comunicação social não tenha queixas a fazer. Isto passa-se quando algo corre mal nalgum serviço e, com a comunicação social atenta às desgraças – alguma só trata disto – vincula-se uma opinião que de todo não é verdadeira.
É compreensível que alguém se sinta prejudicado e argumente apenas no que sente e não naquilo que a realidade demonstra. É que, cada um tem a liberdade de “montar” a sua realidade. Cada um é livre, mas responsável, de tecer considerações sobre o que sente, mas que eventualmente não sabe, não se preocupou em saber, ou mesmo, perceber a causa que determinou a consequência.
O Serviço Nacional de Saúde é um BEM a preservar como garantia de igualdade entre os cidadãos.
No serviço de “hotel” onde estive não há nenhuma queixa a apontar. Muito pelo contrário!
E a avaliação, não se rege pela forma como nos “tratam individualmente”, mas sobretudo alavancada na opinião dos que comigo partilharam o andar.
“Em 1976 é aprovada nova Constituição, cujo artigo 64.º dita que todos os cidadãos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover. Esse direito efetiva-se através da criação de um serviço nacional de saúde universal, geral e gratuito”.
No dia 16 de Maio de 1979 foi aprovado na Assembleia da República sob proposta do Dr. António Arnaut o projecto de implementação do SNS que teve também como pensador o Professor Doutor Mário Mendes.
Não foi por acaso que a proposta foi aprovada com os votos favoráveis do PS, do PCP e da UDP, abstenções do PSD e voto contra do CDS.
Posto isto, até parece que tudo corre bem no SNS. Nada de menos verdadeiro.
Se atendermos às várias propostas de revisão do SNS, de o querer colocar entre baias para que não possa evoluir, de o querer misturar, sim misturar como se fosse miscível, com outros serviços porque sistema não existe – a existir teria de haver correlação entre eles, comunicação, e não há – se percebermos que as reivindicações são todas justas, mas algumas apenas para manter a corporação a funcionar, se olharmos o futuro, o comum cidadão sabe, mas não comenta, que melhorias deverão ser implementadas.
Uma das questões que hoje se coloca ao SNS – a qualidade dos seus profissionais é irrefutável e não está em causa! – é perceber como se poderá combater o desperdício. É um facto que existe aos mais variados níveis; material e humano!
Se, por exemplo, há serviços de saúde pública onde se fazem mais exames ao fim de semana do que durante a semana, significa que há um claro desperdício a que o orçamento de Estado tem de acudir, dado que o valor a pagar é muito mais elevado. Com a agravante de, deste modo, não se poder contratar mais profissionais para os serviços.
Se um serviço está dotado com a mais moderna tecnologia, mas não se contratam profissionais que a dominem, claro que o Estado vai pagar muito mais porque tem de se recorrer à iniciativa privada.
Há mais desperdício(s), pois há…

Pode ler a notícia completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS

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