DB/Foto de Miguel Almeida
O defesa-esquerdo Ruca, reforço de inverno da Briosa, que se estreou na derrota nas Caldas da Rainha, foi o porta-voz da Académica ontem à tarde, na visita a escolas do concelho de Condeixa-a-Nova.
“O último jogo não foi o que desejávamos, mas sabemos para o que estamos cá, a dificuldade que é esta Liga 3 e o contexto em que estamos inseridos. Temos plena consciência da importância do jogo deste sábado para os nossos objetivos”, começou por dizer.
O defesa representava os búlgaros do Beroe, da 1.ª Liga da Bulgária, mas admite que “o nome da Académica pesou muito” na escolha. “É um projeto arriscado, a Académica está numa posição difícil e não pertence à Liga 3. Infelizmente, teve problemas nos últimos anos, e agora é preciso criar bases de novo para voltar a ser o clube que era e a ganhar o respeito que todos lhe tinham. Quem vinha a Coimbra já entrava a perder 1-0 e é preciso voltar a criar alicerces para voltar aos patamares anteriores”.
Agora “temos de meter na cabeça que é preciso garantir a manutenção o mais rapidamente possível”, diz o defesa.
Ruca não esconde que, a nível pessoal, o seu objetivo “para onde quer que vá, é jogar”. No entanto, “tem de haver respeito pelo companheiro do lugar”. “Desde que cheguei, o Stich fez dois jogos muito bons e agora cabe ao treinador escolher quem joga no sábado”.
“No meu contrato não diz que eu tenho de jogar sempre. Eu vim para ajudar e, quando for chamado, tenho de corresponder. Se não corresponder vai jogar outro… o futebol é simples assim”.
Ruca é um dos seis reforços de um janeiro de muitas mexidas, mas, garante, todos foram “muito bem recebidos”. “Já tinha jogado com o Caiado e conhecia o Pepo e o Diogo Ribeiro… muita gente”, diz. A integração foi, por isso, mais fácil. “Estamos todos integrados. Já todos sabemos o que temos de fazer para atingir os nossos objetivos”.
Académica surpreendeu
“Cheguei e fiquei maravilhado com o que encontrei. É um clube que se está a organizar, não nos deixam faltar nada, temos boas condições de trabalho… claro que não está tudo bem. Há problemas, todos sabem, mas as coisas estão a tomar um rumo e, até hoje, só tenho bem a dizer da Académica”, admite o jogador.
Ruca ficou também “surpreendido pela massa adepta presente nas Caldas da Rainha”.
“A Académica não está bem e já percebi que os adeptos não são adeptos de vitórias mas adeptos da Académica, esteja na 1.ª, na 2.ª ou na 3.ª Liga”, afirma.
“Todos são importantes para o jogo de sábado”
Em visita à Escola Básica N.º 2 de Condeixa-a-Nova, o jogador admitiu o jogador elogicou a iniciativa: “Estas ações são boas para aproximar os meninos da Académica”. “É preciso chamar toda a gente. Os meninos levam a mãe, o pai, a tia, o tio… e todos serão importantes para o jogo de sábado, que é mesmo muito importante para nós”, garante Ruca.
Os estudantes recebem o Moncarapachense, às 15H00, no Estádio Cidade de Coimbra, num jogo frente a um adversário direto na luta pela permanência.
“Sabemos como funciona a 2.ª fase e o lugar em que vamos acabar a 1.ª fase vai-nos permitir estar mais tranquilos na 2.ª fase, que será muito difícil: em quatro descem duas equipas”, lembra Ruca.
Vencer é mais um passo para “atingir o objetivo o mais rapidamente possível”.
