Depois de ter sido alvo de uma requalificação, no âmbito do programa “Bairros Saudáveis”, que permitiu não só beneficiar as 14 habitações e os espaços adjacentes, mas também desenvolver diversas atividades de cariz social, ambiental e de saúde com os moradores, o Bairro São Vicente de Paulo, na vila de Arganil, foi reinaugurado quarta-feira e benzido pelo bispo de Coimbra, Virgílio Antunes.
Considerando que “este momento tem um significado bem maior do que aquilo que parece, porque significa o cuidado que uma comunidade tem para com todos aqueles que nela moram”, o bispo de Coimbra sublinhou que “este é um trabalho que resultou de esforços conjugados de pessoas e de instituições, todas munidas do mesmo amor e caridade para com o seu próximo”.
Na ocasião, Vanessa Oliveira, contando que “o panorama do bairro é muito diferente hoje em dia”, frisou que este “foi um processo difícil e trabalhoso, que envolveu sentimento, dedicação e bastante trabalho, mas foi um processo que valeu a pena”, assegurou a coordenadora deste projeto, designado de “Arco-íris – Vem dar cor à tua vida”. Informando que a maioria dos moradores já estão a trabalhar ou em formação, a técnica superior de animação socioeducativa, ressalvando que o bairro “renasceu das cinzas e isso é de valorizar”.
Um bairro mais acolhedor
No uso da palavra, o reitor Lucas Pio, declarando que o bairro, desde que existe, “caiu no esquecimento”, enalteceu o projeto em curso, no qual a autarquia foi um grande parceiro”. Para além da requalificação das habitações, este projeto permitiu “trabalhar com as pessoas do bairro”, referiu o pároco. Dirigindo-se aos moradores do bairro, Lucas Pio, sublinhou que podem contar “sempre com a igreja”.
Presente também nesta visita ao bairro, acompanhado pelos vereadores Luís Almeida e Filipe Frias, Luís Paulo Costa agradeceu “o contributo que todos deram”. “Temos, hoje, um bairro muito mais amigável, recetivo e acolhedor, com muitas condições para os que aqui estão”, disse o presidente da Câmara de Arganil. O Bairro São Vicente de Paulo, onde moram pessoas carenciadas a título gratuito, entrou em funcionamento em 1959 e nunca tinha tido nenhuma intervenção.