Presidente da CGD diz que as empresas estão sólidas para enfrentar a mudança necessária

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DB/Foto de Ana Catarina Ferreira

“A escassez global de talento” é um dos constrangimentos que o CEO da Caixa Geral de Depósitos aponta como um dos maiores desafios das empresas para o futuro, razão pela qual a instituição bancária está atenta à necessidade de financiar as empresas nesta vertente, como noutras, considerando que “a necessidade de capacitar e reconverter o capital humano se vai acentuar durante este período”.
Paulo Macedo observa que o tecido empresarial está muito preocupado com a carência de matéria-prima, mas há outros grandes desafios a ter em conta, como a melhoria da produtividade de capital, digitalização, refazer cadeias de abastecimento e necessidade de investir na transição energética, o que será um custo acrescido para as empresas, mesmo que o preço da energia venha a cair para valores anteriores ao início da guerra da Ucrânia.

Incerteza económica e política
Ao intervir perante um auditório de 330 pessoas, que participaram no “Encontro Fora da Caixa” – que a CGD promoveu ontem na Figueira da Foz sobre “O efeito da nova economia pós-guerra para as empresas” – o responsável identificou “incerteza económica, política e a questão do conflito”, mas perspetivou que, quanto à situação do país, o PIB (Produto Interno Bruto) vai crescer mais de 6%, o que é positivo”, e que “há outro fator que se fala menos em Portugal: muitas empresas vão ter um dos melhores anos de sempre, ou o melhor ano de sempre”.

Maioria das empresas está em boa forma
Mesmo assim, a CGD “está a contactar com os clientes e empresas que estão a passar por dificuldades”, que são uma minoria, porque de acordo com o inquérito feito pelo banco, “85% das empresas dizem que vão passar por este período de forma não negativa”. Assim, concluiu que “a realidade não é assim uma coisa tão negativa como estamos a percecionar”.
Paulo Macedo afirmou que “ a banca está melhor preparada, com melhores indicadores de risco e com níveis baixos históricos de crédito mal-parado”, o que a coloca em boa posição para o aumento que e perspetiva para os próximos meses.
O lucro da CGD aumentou 61%, para 692 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com o crédito a clientes a crescer 2,1 %, para 48,8 mil milhões de euros; o crédito a empresas a subir 2,6%, para 19,9 mil milhões, e o crédito à habitação a aumentar 1,4 %, para 25 mil milhões de euros.

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