“Orçamento difícil” é votado hoje na Figueira da Foz

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Arquivo/Foto de Ana Catarina Ferreira

O Orçamento do Município da Figueira da Foz para 2023 e as Grande Opções do Plano vão hoje a votos. Para o efeito, realiza-se uma reunião de câmara extraordinária, pelas 18H00. A proposta do executivo camarário do movimento independente Figueira a Primeira (FAP), de maioria relativa, atinge os 78,7 milhões de euros, menos 4,6 milhões do que o exercício em curso.
Na nota introdutória do documento, a que o DIÁRIO AS BEIRAS teve acesso, o executivo camarário liderado por Santana Lopes alerta que “o exercício económico de 2023 será muito exigente e simultaneamente desafiante para as autarquias locais, principalmente devido à tendência inflacionária que se tem verificado em Portugal e no mundo”.
Por sua vez, acrescenta, “a inflação, em 2023, vai estar muito dependente da evolução da guerra da Ucrânia”. O Orçamento de 2023, ressalva ainda o documento, “poderá ainda ser reforçado em resultado da aplicação do saldo de gerência de 2022, admitindo-se um acréscimo marginal que possa robustecer algumas dotações”.
A maior fatia do bolo orçamental vai para a aquisição de bens e serviços, consumindo 24,7 milhões de euros. A despesa com pessoal, essa, representa 16,950 milhões. A habitação e os serviços coletivos são comtemplados com 14 milhões e a educação terá direito com 11,1 milhões. Para os serviços culturais e recreativos e relacionados estão cabimentados 8,5 milhões.
Receitas estáveis e aumento dos preços
Os transportes e as comunicações absorvem 7,5 milhões. A rúbrica destinada à indústria e à energia tem 6,4 milhões. A despesa da dívida da autarquia, por seu turno, consumirá dois milhões de euros, valor idêntico destinado ao comércio e ao turismo. A proposta de orçamento contempla 8,3 milhões de euros de investimento.
A subida dos custos associados à aquisição de bens e serviços e às remunerações dos funcionários não encontra correspondência no aumento da transferência de fundos da Administração Central para o município, cuja atualização é de “apenas” 500 mil euros. “É muito insuficiente para acomodar o aumento das despesas correntes”, afirmou a vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz, Anabela Tabaçó, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS.
A vereadora da FAP sustentou ainda que é “o orçamento possível, atendendo à conjuntura, e é um orçamento difícil, pelos motivos de ter uma receita estável”. Isto em contraciclo com a subida da despesa, motivada pelo constante aumento dos preços de bens e serviços.
“Perante isto, tivemos de acomodar a despesa em função de uma receita que é previsível e se mantém. Vai ser um ano austero e difícil e de muita contenção para todos. Acredito que 2023 e 2024 serão anos de austeridade, com a uma grande incerteza no futuro”, rematou Anabela Tabaçó.

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