DR

Há jogos em que o mais importante é o resultado e outros em que ele não interessa para nada. No passado sábado (5 de novembro), no Campo Municipal da Arregaça, deu-se essa circunstância particular de ambas as hipóteses serem verdadeiras… Desde logo, porque ali decorreu uma iniciativa do Clube União 1919 – Formação que pretendeu celebrar valores como o respeito, inclusão, igualdade, solidariedade e fair- -play no futebol, pelo que todos seriam sempre vencedores. E, por outro lado, porque o marcador registou mesmo uma goleada de entrega, generosidade e alegria.
Em campo estiveram utentes das unidades residenciais da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) e jogadores de equipas masculinas e femininas dos escalões de formação daquele histórico clube, não tendo faltado também as indicações preciosas de técnicos do Departamento de Educação Física e Desporto APCC e do União 1919. Mas a festa também se fez fora do relvado, com os incessantes incentivos e aplausos das bancadas.
Foram tantos os pontos altos da tarde, que não seria fácil editar um resumo de dois minutos para um qualquer “Domingo Desportivo”, mas não faltaram os golos de bandeira, os passes de rutura, os cortes cirúrgicos e as celebrações efusivas. Só não houve mesmo decisões de arbitragem controversas nem protestos inflamados, do mesmo modo que o rigor tático e a intensidade competitiva foram trocados pelo companheirismo e pela amizade.
Este encontro “Futebol para Todos” foi realizado no âmbito da iniciativa “Sou União”, levada a cabo pelo Clube União 1919 para promover a ética no desporto. Além da APCC, contou ainda com a colaboração da APAF – Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol. O juiz do encontro foi Gustavo Sousa, vice-presidente daquele organismo, com a presença a ser feita através da APAF Solidária.