Opinião: Tempo de homenagens

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Um dos problemas que afectam as gerações mais recentes é a falta de memória.
Não me refiro à que se mede em bytes (mega, giga, tera…), pois essa pode adquirir-se à medida das necessidades.
Também não se trata daquela que o povo diz que mirra quando se come muito queijo.
A que aqui quero focar é aquela com que se alicerça o presente e permite ir edificando um futuro sólido.
A responsabilidade pela escassez desta essencial memória colectiva não pode assacar-se, na maior parte dos casos, ao desinteresse dos mais novos. Ela decorre antes de uma lamentável “amnésia” que ataca muitos dos que, embora mais vividos, só se preocupam com o presente, ignorando tudo o resto.
Ora mal estará o futuro se não assentar na memória.
E mal estará o presente que não saiba honrar os que a tal fazem jus.
Por isso, é com regozijo que assinalo que estamos em tempo de justas homenagens.
Já amanhã (quinta-feira, dia 15), será homenageado em Coimbra o Prof. Mário Mendes, que foi catedrático da Faculdade de Medicina e antigo Secretário de Estado da Saúde de António Arnaut, quando este ocupou a pasta dos Assuntos Sociais. Recorde-se que Arnaut, advogado muito prestigiado e com o peso político decorrente de ter sido um dos fundadores do Partido Socialista, logrou lançar um arrojado Serviço Nacional da Saúde, para cuja construção, em termos técnicos e científicos, muito contribuiu a experiência e a competência do médico Mário Mendes. A homenagem decorre no Pavilhão Centro de Portugal, com início marcado para as 19 horas.
No próximo sábado (dia 17), o homenageado será o Eng. Jorge Anjinho, prematuramente falecido já lá vão 23 anos. A homenagem decorre em Estremoz, a terra onde nasceu Jorge Anjinho, e nela vão participar os Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra e muitos outros amigos e admiradores de uma personalidade marcante em diversos domínios, com destaque para o futebol da Académica e para a actividade empresarial. Recordo que foi Jorge Anjinho que, em 1984, celebrou o protocolo de reintegração do Clube Académico de Coimbra na Associação Académica de Coimbra (então presidida por Ricardo Roque), como Organismo Autónomo de Futebol. Foi também ele, enquanto Presidente da Associação Comercial e Industrial de Coimbra, que esteve na criação da CIC – Feira Comercial e Industrial de Coimbra.
No próximo domingo (dia 18) a Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra vai evocar Luiz Goes, por ocasião do 10.º aniversário do seu falecimento. A homenagem decorre no Cemitério da Conchada, pelas 15 horas, junto ao jazigo onde está sepultado este médico que se impôs como uma das figuras mais destacadas da Canção de Coimbra. Ali se irão ouvir algumas das composições que Goes celebrizou, interpretadas por veteranos consagrados e por jovens elementos da Secção de Fado da AAC.
A estas homenagens póstumas, junta-se a que vai ser prestada em breve a outra figura maior da canção de Coimbra, que felizmente continua entre nós e bem activo: o médico Rui Pato, que ao longo de décadas tem acompanhado à viola muitos dos nomes grandes da canção coimbrã. Será no dia 4 de Outubro, com um espectáculo no Convento de S. Francisco, em Coimbra.
(Aproveito para informar que no dia 5 de outubro, a partir das 15 horas, decorre na sede da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra – Rua Pinheiro Chagas, 94 -, a “Festa de Recomeço”, que marca o reinício das actividades da AAEC. As inscrições podem ser feitas através do telefone 916 867 216).

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