Vamos entrar num mês de férias de eleição para milhares de portugueses. Confesso que, há muitos, muitos anos, eu preferia não tirar férias em agosto, porque com grande felicidade minha o telemóvel era usado muito poucas vezes.
Com o bom da vida a aparecer – aparece sempre, apesar de por vezes nos sentirmos mal connosco, muito pior connosco do que com outros, ou, os outros – a família tomou a decisão certa.
Um “mesinho” a fazer “nenhures” era o objectivo; aliás, continua a ser!
Vamos entrar num mês em que habitualmente se tomam muitas decisões – os decisores políticos e não só – porque é a altura do ano em que a malta anda distraída!
Umas decisões boas, menos boas, menos más e más! Cada um avaliará!
Confesso que estou expectante, dado que, quando o silêncio é ruidoso algo estará para acontecer! Espero não ficar muito surpreendido, nem desapontado, se a “coisa se der”!
Na verdade, dependendo da zona onde se passam as férias, no regresso a casa as “coisas” poderão parecer mais caras ou mais baratas!
Por exemplo: se estivermos no Algarve durante todo o mês, no regresso Setembro poderá parecer o melhor, leia-se mais barato mês do ano, porque tudo parece dado. Mas, se formos para um local mais baratinho, damos por nós a apelidar de ladrão o mais comum e barateiro dos comerciantes.
Se um café custar 2 euros no Algarve, e se no regresso a casa o continuarmos a pagar a 0,75 – o que duvido! – é um alívio para o bolso. Mas se pelo contrário, num local baratinho pagarmos os mesmos 0,75 e em Coimbra passarmos a pagar 1 euro – o que é possível e natural – desejamos “voltar para a ilha”!
Não é preciso ser muito curioso nem grande conhecedor da matéria, para perceber que o custo de vida vai aumentar e nada vai continuar como dantes.
Se a inflação sobe, e os juros também para a tentar travar, então junta-se “ a fome com a vontade de comer”!
Somos um país, dizem periférico, mas que poderá passar a ter uma posição estratégica muito importante, diria até determinante, para a sua recuperação económica. Algum dia haveria de ser bom estarmos afastados do centro da Europa!
A política e a estratégia internacional apontam para que esta seja uma verdade em breve, dado que a continuação da guerra é má para os países envolvidos e os países limítrofes, mas pode não ser assim tão má para os outros…da Europa, claro!
Mas até que tudo se estabilize e haja uma ordem social diferente vai passar muito tempo. E será esse tempo que Portugal deverá aproveitar para “arrancar” definitivamente como um país moderno.
Será necessário, rapidamente, que a justiça cumpra o seu papel em defesa dos cidadãos, e não continue a deixar-se enredar por legislação que protege os mais fortes. Leia-se, com mais poder financeiro e de influência!
Poderemos estar num ponto de viragem importante num mundo complicado, mas que nós deveremos simplificar!
Se calhar, calhando, quando chegarmos a meio de agosto já alguns Ministros – de ambos os géneros, quem sabe? – já deixaram de ter um “tinóni” para se deslocar. Outros vão a correr comprar a gravata ou o lenço da moda, porque andar bem vestidinho tem outra pinta e o nosso Primeiro não brinca!
Ainda agora vou e já estou a pensar no regresso. Vá-se lá saber porquê!