Na passada sexta-feira, o bilionário Elon Musk realizou visita relâmpago ao Brasil. O presidente-executivo da fabricante de carros elétricos Tesla, da empresa de voos espaciais SpaceX e novo dono da rede social Twitter, tinha como tema principal na pauta da agenda da reunião com o governo brasileiro, a apresentação de plano para ofertar serviços de banda larga focados na Amazónia, através da sua empresa de telecomunicações Starlink.

Ministério das Comunicações, convidou Executivos das principais empresas de telecomunicações para um evento sobre conectividade, proteção e educação na Amazónia, reforçado em post do próprio Musk: “Super animado por estar no Brasil para o lançamento do Starlink para 19.000 escolas não conectadas em áreas rurais & monitoramento ambiental da Amazónia!”.

Hoje em dia, somente 51% das escolas no Norte do País têm acesso a Internet, privando milhares de estudantes de acesso a informação básica, contribuindo para o baixo IDH da região. Conectividade por satélite é uma alternativa para acelerar processo de conectividade em regiões remotas, atualmente dificultado pela complexidade na criação de infraestrutura.

Além do marcado viés tecnológico, Musk é acérrimo defensor de boas práticas de sustentabilidade ambiental, com parte de suas empresas focadas na redução da dependência de combustíveis fósseis e neutralidade de carbono. Sabendo que a Amazónia é fundamental para impedir avanço das mudanças climáticas, e que as queimadas e desmatamento ilegal estão causando danos irreversíveis na floresta, poderá ser uma das razões do interesse do homem mais rico do mundo da Amazónia?

Talvez, talvez um monitoramento melhorado da selva amazónica inibam ações ilegais que têm aumentado nos últimos e suscitado grande preocupação junto de organizações ambientais e na comunidade internacional. Aguardemos então o desenrolar do tema para percebermos em que moldes se realizará a parceria e quando a Starlink terá autorização para operar no Norte do País.