Mário Campos considera despromoção “muito grave” para a Académica e para Coimbra

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O antigo futebolista Mário Campos, que representou a Académica entre 1965 e 1977, considera a despromoção da ‘Briosa’, matematicamente confirmada hoje, “muito grave” para o clube e para a cidade de Coimbra.

Pela primeira vez em 134 anos de história, a Académica desceu matematicamente ao terceiro escalão do futebol nacional, após 64 presenças na primeira divisão, a quatro jornadas do fim da II Liga, ao somar 16 pontos após 30 jornadas, sem possibilidades de deixar os lugares de descida.

“É uma situação que se esperava já há dois ou três meses. Como a equipa estava desportivamente a atuar, era visível que isto poderia acontecer. De facto, aconteceu mais cedo do que eu pensava, porque ainda faltam umas jornadas”, disse à Lusa Mário Campos.

O antigo médio, que fez praticamente toda a sua carreira nos ‘estudantes’, excetuando uma fugaz passagem pela União de Leiria, considera que “tudo tem que ser mudado, modificado”, mas acredita que o clube “irá renascer”.

“Tenho esperança que nas eleições haja concorrentes e que, nessa altura, digam ao que vêm e não é dizer que os sócios é que têm de decidir. Naturalmente os sócios é que decidem, mas quem quer dirigir o clube é que tem que apresentar propostas”, disse.

Mário Campos, de 74 anos, que enquanto jogador da ‘Briosa’ obteve a licenciatura em Medicina pela Universidade de Coimbra, considera que a atual situação da Académica é também “muito grave” para a cidade.

“O desporto em Coimbra está frágil. Tem que ter mais apoio da autarquia e de outras estruturas da cidade e, nomeadamente, uma ligação muito direta à Universidade para dar prestígio às instituições desportivas”, afirmou.

O antigo jogador apontou, a título de exemplo, a descida de divisão da equipa feminina de basquetebol do Olivais, após ter sido campeã nacional há dois anos.

“O râguebi [da Académica de Coimbra] em termos desportivos livrou-se nas últimas jornadas de descer de divisão e era um ícone da modalidade e o futebol é o que é”, adiantou.

O antigo jogador tem, no entanto, esperança que a Académica “renasça”, mas isso “depende de quem se candidatar e do programa que os candidatos irão apresentar aos sócios”.

Mário Campos cumpriu mais de 200 jogos pela Académica, tendo marcado 18 golos, e foi chamado por uma vez à seleção nacional, em 10 de dezembro de 1969, num jogo contra a Inglaterra, em Londres.

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