Esta está a ser a pior campanha eleitoral a que eu, e quiçá a grande maioria os portugueses, já assistiu.
Não valerá a pena cada um dos partidos políticos tentar inventar a roda!
Já todos sabemos e percebemos ao que veem, mas, naturalmente, esperaríamos que “tirassem um coelho da cartola” que fosse uma determinante na sua actução futura.
Não precisamos de um pensamento muito elaborado, mas já não seria mau de todo, talvez uma ideia por muito pequena que fosse.
Uma ideia que nos deixasse boquiabertos; algo que ninguém estivesse à espera e que ajudasse a criar um verdadeiro entusiasmo e mobilização alargada. Mas não, nada disso! Continua-se a bater no ceguinho por causa da TAP; a divagar sobre o pedido de desculpas de um Primeiro-Ministro sem culpa formada sobre uma afirmação que, a ser verdadeira é muito incómoda para o cavalheiro em causa; a agredir mutuamente sobre a saúde e o seu Serviço Nacional, porque o Sistema Nacional não existe; a assumir posições sem fundamento no interesse dos cidadãos nas propostas no que à Reforma da Justiça diz respeito; a incapacidade de alguém se dedicar um instante que seja à educação e ao respeito que se deve exigir para com os seus agentes, nomeadamente os professores; a não respeitar o princípio da solidariedade, como se a Segurança Social tivesse de ser unicamente para os pobres; a defender a energia limpa e ao mesmo tempo chateia-se toda a gente quando se colocam painéis solares; a faltar ao respeito ao Ensino Superior. Parece que não existe!a não indicar uma proposta capaz para dinamizar a prática desportiva. a prevenção da doença tem nenhuma proposta, continuando-se a apostar no tratamento – naturalmente mais caro para os cidadãos – para que continue a favorecer as corporaçõesmas, na verdade, a tal ideiazita é que dava jeito!
Talvez a regionalização fosse uma boa forma dessa gente se aproximar dos cidadãos, para o reforço da democracia e da liberdade de decidir, afastando desde logo o fantasma de Lisboa continuar a sua veia centralizadora e do Porto continuar a ser a eterna noiva.
Porque os cidadãos têm de saber que, participando no presente, estarão a alavancar uma sociedade mais livre e mais justa no futuro. Mas tal não se afigura fácil porque há muitos interesses instalados, nomeadamente no poder autárquico em que cada um quer ter a sua quinta como um meio sofisticado de diversão, ainda que a grande maioria tenha um papel determinante na defesa dos cidadãos e dos territórios.
Os partidos políticos não desejam a reforma do sistema político, porque é mais fácil a nomenclatura enganar os militantes e fazer listas completamente absurdas, onde pontificam analfabetos e analfabetos funcionais. Uma fauna, uma espécie de “Maria vai com as outras” com que o Povo é brindado. As “actuações” – do pior – de tempos a tempos são um completo absurdo! Mas o Povo agradece!
Vamos ver o que nos reserva a última semana de campanha eleitoral…para quem a segue, naturalmente!