Ex-presidente da Junta do Botão julgado por corrupção

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DR-Júlio Retroz foi presidente da Junta de Freguesia do Botão, entre 2009 e 2013

Está marcado para esta segunda-feira o início do julgamento do ex-presidente da Junta de Freguesia do Botão, Júlio Retroz, acusado de 12 crimes, entre os quais corrupção. O ex-autarca é suspeito de favorecer um empreiteiro, adjudicando-lhe mais de 280 mil euros em obras, sem qualquer concurso.
Júlio Retroz, de 71 anos, candidato pelo PS à União de Freguesias de Souselas e Botão, derrotado em 2017, está acusado pelo Ministério Público (MP) de oito crimes de prevaricação, dois crimes de participação económica em negócio, um crime de corrupção passiva e um crime de falsificação de documento. Os crimes ocorreram enquanto foi presidente da Junta de Freguesia do Botão, entre 2009 e 2013.
Na acusação, a que o DIÁRIO AS BEIRAS teve acesso, o MP considera que Júlio Retroz decidiu juntamente com o empresário negociar “sem qualquer procedimento” a adjudicação de obras para a Junta de Freguesia. As empreitadas, num valor que ascende aos 280 mil euros, foram entregues verbalmente e não terá existido qualquer verificação dos trabalhos realizados.
O MP refere que o ex-autarca e o empreiteiro, cuja empresa tem sede na Lousã, eram amigos desde época anterior à eleição de Júlio Retroz.

Obras públicas em troca de anexo particular
Segundo a acusação, em troca deste favorecimento o empreiteiro aceitou construir um anexo na casa particular do então autarca. O MP sustenta que ambos acordaram “um esquema de faturação empolada” das obras, mediante o qual “se inscreviam valores e quantidades de trabalhos superiores aos reais, sendo essas faturas remetidas para o presidente da Junta, que as validaria e inseria na contabilidade da Junta de Freguesia”. Desta forma, os valores “a mais” seriam usados para pagar a obra na casa de Júlio Retroz, no valor de 41 mil euros.

Pode ler a notícia completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS

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