FOTO DB/CÁTIA VICENTE

A ex-funcionária da Segurança Social que foi condenada, em junho deste ano, a nove anos de prisão efetiva por inventar grávidas e receber os respetivos abonos, foi ontem novamente condenada a uma pena de dois anos e 10 meses de cadeia, desta vez suspensa, por abuso de confiança qualificado. A mulher, de 50 anos, apropriou-se de mais de 7.700 euros de contribuições que a madrinha do marido lhe confiava para entregar na Segurança Social.
Entre 1999 e 2015, a arguida desviou o dinheiro que a familiar lhe dava todos os meses para que pudesse na velhice usufruir de uma pensão. Apenas em duas ocasiões foram entregues valores na Segurança Social, num total de cerca de 100 euros, relativos à atividade como trabalhadora doméstica que a lesada prestava. Ao final do ano, a arguida, que confessou tudo, forjava documentos que entregava à vítima, para efeitos de IRS.
“Os factos são graves”, disse o presidente do coletivo de juízes, João Ferreira. “A senhora desbaratou a reforma da vítima”, acrescentou.

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