A Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) realizou uma visita técnica ao Forte de Santa Catarina e constatou que a ocupação, por um bar, “não se encontra devidamente autorizada”. A afirmação está na resposta enviada a um munícipe que indagou aquele organismo público sobre o assunto, à qual o DIÁRIO AS BEIRAS teve acesso.
“Tratando-se de um imóvel público classificado, qualquer intervenção ou utilização carece de parecer prévio e vinculativo das entidades responsáveis pelo património cultural, pelo que a Câmara da Figueira da Foz foi notificada para, no âmbito das suas competências, proceder às diligências necessárias para regularizar a situação”, lê-se, ainda, na missiva da DRCC.
Contactada pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a vice-presidente da câmara, Ana Carvalho, esclareceu que o que não está de acordo com o contrato de concessão é o facto de o concessionário ter instalado “estruturas amovíveis sem a autorização da DRCC”. Nomeadamente, um bar, chapéus de sol e um toldo, no piso superior, onde existe uma esplanada. Embora estejam previstos no contrato, “desde que sejam autorizados pela DRCC”, ressalvou a autarca.

Instalação de estruturas sem autorização
Por sua vez, a antiga capela deveria ter um mostruário alusivo à história do forte, em vez de um balcão e estantes com bebidas. A instalação de uma estrutura com o nome do bar (Forte) no topo das muralhas não terá sido motivo de objeções, por parte da DRCC. Todavia, salvaguardou Ana Carvalho, a câmara aguarda pelo relatório da DRCC, para, depois, agir em conformidade.
“O concessionário está a investir muito e a dignificar o espaço. Obviamente que devia ter pedido autorização à DRCC e esperar pela autorização. O que pode acontecer é ter de tirar o que colocou sem autorização”, concluiu Ana Carvalho. O DIÁRIO AS BEIRAS contactou a gerência do bar do Forte de Santa Catarina, que optou por não prestar declarações.

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