Vivemos uma situação que pode levar a um aumento, ou agravamento, das patologias do foro psiquiátrico?
Estamos a viver um momento único e diferente de outras catástrofes. Uma diferença importante é que não temos um horizonte temporal de resolução da presente pandemia; essa incerteza gera angústia, sobretudo nas pessoas mais vulneráveis.
Em muitas pessoas maior sofrimento virá das circunstâncias negativas que estão a viver: o confinamento, dúvidas sobre o seu futuro, dificuldades económicas, a perda de trabalho, aumento das tensões familiares, o medo de ser contagiado ou poder contagiar, entre tantas outras.
Ora estes fatores negativos podem agravar a situação de quem já padece de quadros psiquiátricos, podendo agravar ansiedade ou depressão, causar alterações do sono ou alimentares, levar a uso aumentado de substâncias (álcool, tabaco, tranquilizantes e outras substâncias).
Embora saibamos que esta doença é nova e um desafio não comparável a experiências prévias, sabemos que qualquer factor grave de stresse pode prejudicar a saúde mental, e devemos preparar-nos para combater as consequências não só de agora, mas a longo-prazo.

Entrevista completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS de 18/05/2020