Em 2019, a Casa das Artes FBB teve mais de 10 mil visitantes nos cerca de 300 eventos realizados. Com uma década de existência, o espaço da Fundação Bissaya Barreto assume-se cada vez mais como eclético, em que a criação e fruição de arte contemporânea são marca diferenciadora.
Alexandre Lemos é programador cultural da Fundação e principal responsável pela dinâmica da Casa das Artes. “A criação artística contemporânea faz sentido, sobretudo quando é feita hoje e tem como protagonistas pessoas que vivem hoje”, assume. Há, depois, o fator Coimbra, cidade que “não vive, propriamente, um momento de grande efervescência, no que respeita à criação”, prossegue.
2019 ficou marcado pelo reforço da aposta numa programação artística “arrojada e contemporânea, sobretudo com concertos de música que, por norma, não passa na cidade”, vinca o responsável.
O que não se perdeu foi a relação de comunidade com os visitantes. Ou seja, os jogos de tabuleiro, as sessões de ioga e ou até a entrega e recolha de cabazes de produtos biológicos que tão bem caracterizam a Casa das Artes FBB.
Por tudo isto, Alexandre Lemos traduz o que se passa na Casa por uma “proposta de estilo de vida”, algo que, não sendo inédito, é invulgar. Assim se densifica um público muito peculiar, que tem a dimensão de uma comunidade, cada vez mais volumosa.
“É uma comunidade que cresce de dentro para fora”, explica o programador cultural da FBB. “São os nossos espectadores quem nos divulga”, acrescenta. O resultado é um público heterogéneo e singular, que mistura estudantes, nacionais e Erasmus, com agentes da vida cultural da cidade, “passando naturalmente pelos amigos da casa”.

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