Nestes tempos, apesar de se podes estar longe, nunca “perde o fio à meada”. É assim que funciona, e, pensando em tempos que já lá vão, ficamos com dúvidas sobre se a intensidade com que vivemos, tudo em função da comunicação, é ou não eficaz para a nossa sobrevivência. Da comunidade.

Na verdade, para quem mantém uma actividade intensa em vários domínios é quase impossível não ficar refém dos aparelhos que nos colocam ao alcance do desconhecido.

Se nos esquecemos do telemóvel em casa ou no automóvel, e, mesmo se por absurdo ou talvez não está no silêncio e não sabemos onde o guardámos, entramos em desespero porque achamos que algo pode acontecer sem nos apercebermos.

Estamos a viver com imensa intensidade sem nos apercebermos que o vizinho também tem direito à vida!

Mesmo agora, tive de me levantar e pedir a uma criancinha para baixar o som do jogo no tablet porque estava a incomodar toda a gente. Claro que o pai anuiu de imediato porque nem ele se tinha apercebido, tão absorto estava em dedilhar o telemóvel, procurando necessariamente aquilo que nesse momento mais o interessaria.

O ócio também destas coisas, apesar de ser a melhor coisa do mundo.

Quando nos afastamos do que o mundo significa para o comum do cidadão e nos colocamos ou recolocamos – às vezes também acontece – no centro do acontecimento, não percebendo que somos uma ínfima parte da síntese, afastamo-nos do nosso desígnio, seja ele qual for.

O que recomento é todo o tipo de experiências, mais ou menos marcantes, frustrantes, ou outas coisas que tal, única e determinante forma de analisar os nossos comportamentos.

Neste ano de 2020 continuarei a mesma forma de agir perante pessoas e instituições, sejam elas quais forem, onde se movimentarem e em que sentido, nunca beliscando o carácter de ninguém.

Ser-me-à sempre impossível fazê-lo, porque nem todas as pessoas ou instituições me fazem perder 1 segundo do meu tempo.
2019 não foi em termos pessoais um bom ano. Mas já passou e, como dizia o outro, “o que lá vai, lá vai”!

Será, e ser-me-à desejável, que a coisa corra melhor em 2020. Parece, para já, que a coisa vai-se ajeitar!

Há muito trabalho a fazer, e a solidariedade sempre foi um bem para todos os que acreditam no fim último da vida; “viver em liberdade com responsabilidade”!

A conjugação de factores que determinam o desenvolvimento das sociedades alicerça-se no diálogo permanente e construtivo e nas próprias contradições que a todo o momento surgem.

Não é fácil viver, muito difícil viver acomodado, porque existem sempre novas motivações e estímulos que nos empurram para o futuro. E já agora para o sucesso. Que deve ser de todos.

Conversar é sempre um bom princípio!