Comerciantes brindam com ironia ao atraso das obras na Baixa da Figueira da Foz

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Na rua dos Combatentes, ontem, foi dia de “festa”, apesar de não haver motivos para festejar. Os comerciantes daquela artéria e da vizinha rua da Restauração, aos quais se juntaram moradores, acenderam a vela do bolo que celebrava o primeiro aniversário do início das obras, paradas desde o verão, que estão a afetar o negócio e o quotidiano dos residentes.
Aos organizadores do evento juntou-se o presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz. Nuno Lopes afirmou aos jornalistas que não podia deixar de estar ao lado dos comerciantes. “Estas obras são penosas para quem aqui habita ou tem negócio. Este problema está na lei da contratação pública, porque permite a entrada de empresas nos concursos que não têm capacidade de execução da obra”, defendeu o dirigente patronal.
“É fundamental olhar para isto com olhos de resolver no imediato. Se não houver outra maneira, nem que seja por adjudicação direta”, defendeu Nuno Lopes. Contudo, perante aquela impossibilidade legal, advogou como solução “desejável” a empresa “levar [as obras] a bom porto, no mais curto espaço de tempo”.

“A pedir e a exigir
não conseguimos nada”
“Já verificámos que a pedir e a exigir não conseguimos coisa nenhuma, porque as pessoas que estão do outro lado não são pessoas de bem, na minha perspetiva”, justificou António Carvalho, um dos impulsionadores da peculiar forma de protesto. O objetivo é, claro, alertar a autarquia para a indignação dos afetados pelos atrasos das obras. Entretanto, realçou, o advogado dos comerciantes espera, desde meados de dezembro, pela resposta ao pedido de uma reunião com o presidente da câmara, Carlos Monteiro.
António Carvalho afirmou que os prejuízos são grandes. Só no caso dele, entre janeiro e setembro de 2019, afiançou o comerciante, registou “vendas a menos de cerca de 28 mil euros”. Recorrer aos tribunais para exigir responsabilidades à autarquia é uma hipótese, mas, sublinhou, “os processos no Tribunal Administrativo de Coimbra estão com oito anos de atraso”.
Carlos Alberto Gonçalves mora da rua dos Combatentes. O residente destacou “a incomodidade de chegar à rua e ter poças de água ou pó”. Por outro lado, “psicologicamente, está toda a gente afetada, porque não se vê saída para isto”. O presidente da Concelhia do PSD, Ricardo Silva, juntou-se ao convívio dos contestatários.

Notícia completa na edição impressa de hoje

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