Opinião: O triunfo dos porcos (na Liga)

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Tal como aconteceu no “Triunfo dos Porcos”, também os regulamentos da liga portuguesa deverão ter sido reescritos por algum(s) porco(s) porque reproduzem fielmente o artigo reescrito pelo porco Napoleão no célebre livro de George Orwell: “todos os clubes são iguais mas há uns mais iguais do que os outros.”
Apesar de, na liga, não serem os porcos os animais mais iguais do que os outros não significa que não o sejam efectivamente, porque, como sabemos, em Portugal nem sempre a aparência exterior condiz com aquilo que se é na realidade.
Senão vejamos.
Na Liga dos Animais, os castores foram punidos com um jogo à porta fechada, enquanto as águias, pelos vistos, já vão com sete.
Enquanto os castores já cumpriram o jogo de castigo, as águias recorreram do castigo com providência cautelar, o que significa que nunca irão cumprir o mesmo, como é óbvio, ou não vivessem os clubes portugueses na Quinta dos Animais de George Orwell.
E não vão cumprir porque das duas uma: ou o recurso encontra pelo caminho um daqueles animais “que é mais igual do que os outros” ou, caso a condenação consiga chegar ao final sem esbarrar num desses animais (o que não é fácil), será revogada na altura da sua aplicação, isto é, daqui a dois ou três anos, por novos regulamentos aprovados, por unanimidade, por iniciativa do porco Napoleão.
Por esta andar, já não faltará muito para que a marcação de um penálti com recurso ao VAR contra águias, leões e dragões admita recurso e providência cautelar, para o TAD, Tribunal Administrativo e Tribunal Constitucional, o que significará que o penalti, a manter-se a condenação, só será marcado daqui a 4 ou 5 anos, caso os clubes e a competição ainda existam.
Aliás, estou absolutamente convencido que isto só ainda não sucedeu porque os árbitros lusos, na sua imensa prudência, evitam marcar penaltis decisivos contra os bichos da liga portuguesa que que são mais iguais do que os outros.

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