Este sábado, a partir das 17H00, o Colectivo Pescada N.º 5 e Apaniguados, imbuídos da consagrada metodologia patafísica, vão rechear os sete pisos de um antigo edifício comercial na Praça Velha – Praça do Comércio, 51 – da cidade de Coimbra, com trabalhos do mais fino recorte artístico e científico para deleite dos visitantes que (a)corram à Primeira Grande e Universal Exposição-Bazar de Patafísica em Coimbra.

A patafísica, disciplina que vai “para além da física”, foi criada por Alfred Jarry a partir do seu livro intitulado “Gestos e Opiniões do Doutor Faustroll” e propõe-se como a “ciência das soluções imaginárias e das leis que regulam as exceções”. Em 1948 é fundado em Paris o Colégio da Patafísica com o propósito de estudar as ciências inventadas e inúteis, que teve como membros Boris Vian, Marcel Duchamp e Julien Torma.

O primeiro grande encontro da Patafísica em Coimbra, que contará com cerca de 40 obras nos famosos expositores da antiga loja O Traje, pretende, de acordo com os seus responsáveis, “recuperar a essência artística do inútil Animal Sapiens como uma irónica ressaca dos Homo Economicus, devotos da Web Summit, e contrariar o Homo Consumidor, seguidista do MAAT”.

O Colectivo P5 (Pescada nº 5) é constituído por um grupo de cidadãos, na maioria moradores em Coimbra, que desde 2002 se têm dedicado à fotografia em torno de projetos que com frequência culminam na realização de exposições públicas. Trata-se em geral de acontecimentos fugazes, com duração de um dia a uma semana, procurando envolver artistas de diversas áreas, pintura, escultura, desenho, dança, teatro, música, além da fotografia. A exposição, que inaugura este  sábado, às 17H00, estará patente ao público até 28 de janeiro, diariamente, entre as 16H00 e as 19H00.