Estudantes criticam horários da Latada

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Cortejo da Latada 2016

A Comissão de Organização da Festa das Latas insiste que não é possível realizar as festas académicas apenas até às 04H00. A Câmara Municipal de Coimbra, no licenciamento que emitiu este ano para a realização da Festa das Latas, exigiu o encerramento dos espetáculos do recinto a essa hora e a limitação do ruído a partir da 01H00.

Apesar da exigência, foram vários os dias em que esse horário foi ultrapassado. Pedro Pintor, coordenador geral da Comissão de Organização da Festa das Latas justifica que esta limitação prejudica a sustentabilidade da festa, já que a maioria dos estudantes só chega ao recinto no Parque da Canção após a 01H00. Refere que a Associação Académica de Coimbra (AAC) vai procurar negociar com a câmara esta situação e admite que “os hábitos não se alteram de um dia para o outro”, mas que o formato da festa poderá vir a ser alterado se as negociações não forem bem sucedidas.

Festa foi sustentável
Apesar de o balanço das contas das Noites do Parque da Latada ainda não estar concluído, Pedro Pintor afirma que é possível dizer que a festa foi sustentável. No entanto, a venda de bilhetes gerais diminuiu em relação aos anos anteriores, e os bilhetes pontuais, em alguns dias sofreram quebras de venda.

Cronómetro para as atuações
Uma das novidades no palco principal do recinto da Latada foi a colocação de um cronómetro que marca os 30 minutos de cada atuação dos grupos académicos. Pedro Pintor explica que o objetivo é que os artistas não excedam o tempo acordado. Apesar de esta medida só ter sido aplicada aos grupos estudantis, Pintor explica que o objetivo é ser aplicada a todos os grupos musicais no futuro.

Alteração da data do Sarau
Outra novidade foi a alteração da data e local do Sarau Académico. Nos anos anteriores esteve inserido nas noites do parque e no ano passado passou a ser realizado no Jardim da Sereia. Pedro Pintor explica que concluíram que o Jardim da Sereia não tinha condições para as atuações dos grupos, por isso passou a ser realizado no Teatro Académico Gil Vicente. Explica ainda que alteraram a data para o sábado anterior ao início da Festa das Latas para que houvesse maior afluência, mas admite que não foi a melhor escolha porque muitos estudantes aproveitam para ir a casa nesse fim-de-semana.

Pedro Pintor garante que pretendem valorizar os grupos académicos. No entanto, nem todos foram convidados, como foi o caso dos organismos autónomos da Associação Académica (Orfeon, Tuna Académica e Coro Misto), de acordo com uma carta aberta que divulgaram, em que se queixam de ser ignorados pela Direção-Geral da AAC . “Não podemos compreender que apenas se lembrem da DG quando chegam as festas académicas”, afirma. Pintor continua, e explica que tem havido um afastamento nos últimos anos, entre a DG AAC e os organismos autónomos, mas que não quiseram desrespeitá-los.

Texto de Maria Inês Morgado (jornalista estagiária)

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