Este é um dia que devemos continuar a celebrar no mundo inteiro. E não apenas em homenagem a todas as mulheres que no passado foram discriminadas na sua vida pessoal, familiar ou profissional, mas por todas aquelas que ainda o são, e pela liberdade e igualdade de direitos da mulher em todas as sociedades do mundo.
Ouço muitas vezes questionar a celebração deste dia em países como Portugal. Há mesmo quem afirme que a mudança na sociedade portuguesa é profunda e já não se justifica a luta pela igualdade de direitos da mulher em Portugal. Não posso concordar!
É verdade que progredimos muito, e registo com satisfação esse progresso. É verdade que a partilha de responsabilidades entre homens e mulheres é cada vez maior; é verdade que há cada vez mais mulheres em cargos ou funções com responsabilidade dirigente, mas também é verdade que em demasiadas circunstâncias ainda não é o mérito que determina em absoluto as escolhas ou os salários, e ainda é habitual a discriminação da mulher na sociedade portuguesa.
Por outro lado, é preciso continuar a celebrar este dia e lutar pela igualdade de direitos de todas as mulheres do mundo, porque são ainda muitas as sociedades em que prevalece uma brutal discriminação da mulher.