Ao encontro de Miguel Torga na sua casa museu

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Miguel Torga - Pascal Moreaux

Miguel Torga é um daqueles escritores a que se deve voltar. Diria mesmo que, hoje sobretudo, Torga é um escritor a que é necessário voltar. E não apenas porque esta quarta-feira, 12 de agosto, passam 108 anos sobre o nascimento de Adolfo Correia da Rocha, em São Martinho de Anta, a terra que amou até ao fim. O fim que para Miguel Torga – pseudónimo literário que adotou em homenagem à urze transmontana sua igual em tenacidade e a Cervantes e Unamuno –, chegou a 17 de janeiro de 1995, em Coimbra.

De Torga importa lembrar a vida que teve, as causas que abraçou e a obra, imensa e múltipla, que deixou. E dessas, de todas elas, fica testemunho na frase breve que remata, definitivamente, o seu (indispensável) “Diário”. As palavras de Torga aqui ficam e quem dera que fossem divisa de muitos, enfim, de alguns: “De alguma coisa me hão de valer as cicatrizes de defensor incansável do amor, da verdade e da liberdade, a tríade bendita que justifica a passagem de qualquer homem por este mundo”.

Em Coimbra, o 108.º aniversário do nascimento do escritor – médico com consultório no largo da Portagem, onde, em “cinquenta anos de desassossego”, viu, “correr, serenas, as águas do Mondego” –, vai ser assinalado esta quarta-feira com duas iniciativas: um programa para os diversos públicos a decorrer na sua casa museu e ainda a apresentação do livro “Os Dias de Coimbra na Criação de Miguel Torga”, de Carlos Santarém Andrade, na Galeria Santa Clara.

Na Casa Museu Miguel Torga decorre, a partir das 10H00, o ateliê lúdico “Queres ser amigo do Torga?”, com o ATL dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra, uma colaboração de Josefina Mendes. A partir das 17H30, lugar à palestra “Poesia e Território – Miguel Torga em Coimbra”, por Maria Luisa Costa, à leitura de poesia com Otília Martins e Alda Salgado, a um momento musical com o Quarteto de Instrumentos de Sopro da Orquestra de Sopros de Coimbra e ao lançamento do livro “O Negrilho”, de Assunção Morais. Na Galeria Santa Clara, às 18H00, a Alma Azul apresenta o livro “Os Dias de Coimbra na Criação de Miguel Torga”, de Carlos Santarém Andrade.

 

 

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