A Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco inaugura hoje uma estátua ao fundador Bartolomeu da Costa, no arranque das comemorações dos 500 anos da instituição, e espera abrir rapidamente a unidade de cuidados continuados.
A estátua da autoria da escultora Cristina Athaíde ocupa a rotunda junto à Santa Casa da Misericórdia e ao Museu de Francisco Tavares Proença Júnior.
O programa, que inclui exposições, conferências, concertos e um concurso escolar, prevê pelo menos uma iniciativa por mês até junho de 2014.
A celebração acontece numa altura em que a instituição aguarda a autorização para a abertura da Unidade de Cuidados Continuados Integrados, um investimento de cinco milhões de euros e cujo edifício está pronto desde dezembro.
Manuel Cardoso Martins, o provedor da Misericórdia de Castelo Branco, assume que a sua abertura “é a melhor prenda que se pode receber no âmbito destas comemorações”, afirmando que o impasse “está a contribuir para o afogamento da instituição”.
“Se não fosse o gesto de muitos benfeitores, a Santa Casa já teria certamente recorrido a entregar a sua gestão ao Ministério da Solidariedade Social, porque não há outra forma de ir buscar proveitos”, explica o provedor.
Em 2010, os donativos à instituição foram de 250 mil euros, descendo para os 45 mil euros e 30 mil euros nos anos seguintes.
A Misericórdia candidatou-se ao Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) para rentabilizar uma quinta de 6,5 hectares com macieiras, pereiras e um olival com 600 árvores “que vai ser aumentado, uma vez que há espaços vazios entre as oliveiras”, explica Cardoso Martins.
O objetivo é instalar uma quinta pedagógica e produzir azeite, frutas e hortícolas para o consumo interno.
A instituição emprega cerca de 350 pessoas e tem três lares, duas creches e jardins-de-infância, apoio domiciliário, um centro de medicina e reabilitação e mais recentemente uma cantina social.