Secretário Estado Emprego promete reforço do ensino profissionalizante “em breve”

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O secretário de Estado do Emprego, Pedro Roque, disse esta quinta-feira que, “muito em breve”, vão ser anunciadas medidas para reforçar o ensino profissionalizante, de forma a adequar a formação às necessidades das empresas.

“Estão a ser preparadas medidas nesse sentido [pelos ministérios da Educação e da Economia e Emprego], muito em breve teremos boas notícias”, garantiu Pedro Roque aos jornalistas, no final de um seminário que assinalou o terceiro aniversário da UGT de Viseu.

Segundo o secretário de Estado, “se há desempregados e mesmo assim há ofertas de emprego que não conseguem ser satisfeitas”, significa que “qualquer coisa não está bem ao nível da formação profissional”.

Nesse âmbito, referiu que tem de haver “uma aposta efetiva no ensino profissionalizante, através, por exemplo, do sistema de aprendizagem dual, em que os alunos, para além do percurso escolar, têm um percurso de trabalho na própria empresa”.

Na sua opinião, esse sistema “é fundamental para ter um contacto com o mundo do trabalho e adequar a formação àquelas que são as necessidades específicas da empresa”.

Pedro Roque lembrou que, durante muitos anos, o sistema educativo português foi “muito voltado para a continuação dos estudos, para a academia, e menos para o mundo profissional”, o que criou “um desfasamento”.

“É certo e sabido que os alunos que têm um percurso profissionalizante, nomeadamente através do sistema de aprendizagem dual, em alternância escola/empresa, têm condições de empregabilidade elevadíssimas”, afirmou.

Atualmente existem cerca de 32 mil alunos a frequentar o sistema de aprendizagem dual, que tem “taxas de empregabilidade acima dos 80%”, sublinhou.

Por isso, o secretário de Estado considera que esta é “uma boa opção para os jovens e para as famílias, em alternativa a um saber mais tradicional”.

Pedro Roque contou que, em conversas com empresários, ouve queixas de que têm de ir buscar ao estrangeiro pessoas com determinados perfis para preencher vagas.

“É menos um trabalhador português que obtém o seu posto de trabalho. E muitas vezes isso impede que as próprias empresas possam ter resultados económicos melhores”, acrescentou.

 

Texto Agência Lusa

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